Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal, defendeu hoje, em jeito de balanço do 9.º Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”, que a perceção por parte do público da marca Centro de Portugal é hoje uma realidade, o que resulta de um esforço de toda a equipa da Turismo Centro de Portugal.
“A minha ação como presidente da Turismo Centro de Portugal, desde 2006, teve como objetivo construirmos um país mais equilibrado turisticamente. Quando cheguei, o maior desafio era a criar a consciência de uma marca, a marca Centro de Portugal, que resultava de 10 ex-regiões e 3 ex-juntas de turismo. Era uma missão com dificuldades acrescidas, mas também com oportunidades”, disse Pedro Machado, na Sessão de Encerramento do Fórum, no Teatro Municipal da Covilhã.
“A evolução dos números da procura turística ao longo dos anos e a criação de uma consciência da marca, são a confirmação dessas oportunidades. Hoje, a perceção da marca Centro de Portugal, com as suas convergências e divergências, é incontornável”, reforçou Pedro Machado durante a apresentação das conclusões do encontro.
O “Vê Portugal”, registe-se, juntou cerca de 600 participantes na Covilhã, ao longo de três dias de debate e de iniciativas variadas, numa organização da Turismo Centro de Portugal e do município da Covilhã.
José Miguel Oliveira, vereador da Câmara Municipal da Covilhã, usou também da palavra na Sessão de Encerramento, para destacar a importância dos assuntos debatidos nos três dias de evento. “Do muito que ouvimos aqui, destacaria duas ideias: a importância do turismo para uma maior sustentabilidade e coesão territorial. O turismo é um fator fundamental de coesão territorial. Tem sido capaz de ser uma alavanca de coesão, de olhar para o interior do país como um território de oportunidades”, disse.
“Estamos a crescer como nunca. Temos de reconhecer que alguma coisa de bom está a ser feito. Temos um território fantástico, saibamos todos juntos trilhar este caminho”, acrescentou.
Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, concluiu a Sessão de Encerramento. “Estarmos aqui, na Covilhã, é um bom exemplo de como Portugal deve ser descentralizado nos seus destinos”, considerou, lembrando que “o turismo internacional é importante, mas os portugueses e o turismo interno são fundamentais para os territórios do interior”. “Uma coisa é certa: há cada vez mais portugueses e estrangeiros a optarem por Portugal, mesmo em locais que não eram destinos habituais. Portugal tem uma oferta ímpar na gastronomia, na História, nas paisagens, no património, que o torna um destino atraente”, disse ainda, para concluir: “O turismo continua a ser o principal motor da economia portuguesa, pelo que é preciso olhar para a promoção de forma estratégica”.
Antes da Sessão de Encerramento houve vários momentos de debate estimulante no terceiro e último dia do Fórum.
O primeiro painel da manhã, moderado pelo jornalista Paulo Baldaia, foi dedicado ao tema “Inspirar para Garantir a Sustentabilidade do Turismo”. Os oradores foram Luigi Cabrini, presidente do Conselho de Administração do Conselho Global de Turismo Sustentável; Alfredo Vasconcelos, Co-Owner e Produtor Executivo do Boom Festival; e João Leitão, professor e diretor da UBIExecutive Business School e do MBA@UBI e Presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional.
O segundo painel teve como mote “Marketing Territorial: como (re)criar e vender (bem) um destino”, com dois grandes especialistas no tema: Luís Paixão Martins, consultor de comunicação, e Edson Athaíde, CEO & diretor criativo na FCB Lisboa.
Depois, Augusta Carvalho, Gestora de Desenvolvimento e Sucesso Comercial do Cliente em Espanha e Portugal da Amadeus, fez uma apresentação sobre “Escassez de Recursos Humanos no Turismo: É a Transição Digital a Solução?” e Roberto Antunes, Diretor Executivo do Nest Portugal – Tourism Innovation Center, abordou “A Importância da Inovação e o Uso da Tecnologia na Cadeia de Valor do Turismo”.
O painel “Turismo no Interior do País – Desafios e Oportunidades” marcou o arranque da tarde do terceiro dia. Para esta conversa, moderada pela jornalista Sara Tainha, contribuíram Maria Regina Gouveia, vereadora da Câmara Municipal da Covilhã; Dulcineia Catarina Moura, Coordenadora Executiva da Territórios do Côa; Jorge Pessoa, empresário na área do Turismo, e Miguel Martins, presidente da Associação Ibérica do Turismo do Interior.
Já a caminhar para o final do encontro, aconteceu outro momento alto, que juntou três protagonistas no painel “Caminhos para o Futuro do Turismo Interno”. Foram eles Ana Jacinto, Secretária-Geral da AHRESP, Adolfo Mesquita Nunes, advogado e ex-secretário de Estado do Turismo, e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo.
Ainda antes da Sessão de Encerramento houve tempo para a apresentação do livro “Nenhum Turista Vai a Tucson – Viagens na América”, com a presença do autor, Alberto Gonçalves, e a editora do mesmo, Zita Seabra, pela Alêtheia Editores.