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Académica avançou com despedimento coletivo

Em comunicado, a AAC-OAF SDUQ, Lda lembra que desceu de divisão e irá disputar a Liga LedmanPro na época desportiva de 2016/2017.

“Infelizmente, esta é uma realidade que diminui abruptamente as receitas e que obriga a uma profunda reestruturação interna com vista a adaptar os seus recursos à nova realidade”, sublinha a Académica.

Essa reestruturação está em curso, “no plano associativo, desportivo e financeiro”.

De entre as receitas, a maior fatia é, “de longe, composta pelos direitos televisivos pagos ao abrigo do contrato com a empresa PPTV, SA, que rendeu no ano transacto a quantia de 2 milhões de euros e que, na próxima época desportiva, irá render 500 mil euros”, frisa a AAC-OAF.

Por outro lado, o maior custo é constituído pela massa salarial dos jogadores profissionais que a Académica tem ao seu dispor para competir nas diversas provas promovidas pela Liga de Futebol e Federação Portuguesa de Futebol, neste momento, ainda, de aproximadamente 1,5 milhões de euros.

O desequilíbrio económico-financeiro por via da diminuição de receitas é “manifesto e impossibilita a manutenção do mesmo número de jogadores no plantel e com a carga salarial assumida para um contexto que era de 1ª Liga”.

Considerando as “sãs práticas de eficiência na gestão e alocação dos recursos humanos” que devem” fatalmente reger qualquer organização, principalmente numa conjuntura recessiva”, a AAC-OAF SDUQ, Lda tem de “forçosamente eliminar postos de trabalho no seu plantel para poder sobreviver.

A AAC-OAF SDUQ, decidiu desta forma, e depois de ter “conversado com todos os jogadores individualmente, negociando novos contratos, rescindindo amigavelmente com alguns e nunca impedindo a progressão na carreira de outros que legitimamente preferiram sair, recorrer ao meio legalmente previsto de despedimento colectivo, que permitirá a manutenção de muitos contratos, excepto de alguns que objectivamente são atingidos pelo critério adoptado”.