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António Costa diz que “Troika” perdeu tempo com freguesias e deu pouca atenção à banca

Primeiro-ministro defende que a “troika” perdeu demasiado tempo com juntas de freguesia e municípios e deu pouca atenção aos problemas da banca.

Os compromissos assumidos na campanha eleitoral vão ser cumpridos apesar do caso Banif e a “troika” perdeu demasiado tempo com freguesias e municípios e deu pouca atenção à banca, afirma o primeiro-ministro em duas entrevistas divulgadas esta sexta-feira.

“Nós assumimos compromissos com conta peso e medida relativamente ao Orçamento de 2016: é o IVA na restauração, a reposição da actualização das pensões, a reposição dos mínimos para o complemento solidário para idosos, rendimento social de inserção, a reposição dos vencimentos da função pública, a redução da sobretaxa de IRS para todos os contribuintes.

Esses foram os compromissos que assumimos e esses compromissos vão ser honrados. Nada disto está abalado com esta situação do Banif”, assegura António Costa, em entrevista à CMTV.

O chefe do Governo defende a importância de diversificar as fontes de financiamento para reforçar os cofres da Segurança Social.

“Só nos últimos anos, fruto da emigração e do desemprego, a Segurança Social perdeu qualquer coisas como oito mil milhões de euros de receita. A grande aposta que nós temos de fazer para reforçar a sustentabilidade da Segurança Social é, por um lado, diversificar as fontes de financiamento e, por outro lado, o combate ao desemprego”, disse António Costa, numa entrevista em que anunciou que a sua primeira visita oficial será a Cabo Verde.

“Troika olhou pouco para a saúde do sistema financeiro” Noutra entrevista ao “Jornal de Notícias”, António Costa defende que a “troika” perdeu demasiado tempo com juntas de freguesia e municípios e deu pouca atenção à banca.

Num momento de turbulência motivada pelo caso Banif, o primeiro-ministro sublinha que os credores pouco fizeram pela regulação do sector bancário.

“A troika perdeu muito tempo a olhar para freguesias, municípios e administração central do Estado e olhou pouco para onde devia ter olhado, como agora todos percebemos, que era para a saúde do sistema financeiro. Desde que a troika saiu já vamos em duas resoluções bancárias e isso significa para onde também se devia ter olhado.”

Nesta entrevista ao JN, o primeiro-ministro descarta um cenário de aumento de impostos apesar do caso Banif.

“Sou o primeiro primeiro-ministro em muitos anos que não se estreia anunciado os aumentos de impostos que tinha prometido não fazer na campanha eleitoral. Pelo contrário”, salientou António Costa, enumerando a reposição das várias prestações sociais.

António Costa confirma que estava a falar do Banif quando admitia surpresas nas contas públicas.

Fonte: RR