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Apresentada Grande Rota do Mondego que liga Oliveira do Hospital à Figueira da Foz

A Grande Rota do Mondego (GRM) foi oficialmente apresentada, ontem, no Salão Nobre dos Paços do Município da Figueira da Foz, numa sessão que contou com a presença da Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.

A GRM, com cerca de 142 km, está integrada no projeto “Caminhos da Região de Coimbra” –  uma nova rede de oferta turística e de valorização dos corredores de património natural da região, dinamizada pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM.RC)-,  e visa dinamizar turisticamente os territórios compreendidos entre a Figueira da Foz e Oliveira do Hospital, cruzando os concelhos de Montemor-o-Velho, Coimbra, Penacova, Mortágua e Tábua, tendo o rio Mondego como denominador comum.

Carlos Monteiro, presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e Vice-Presidente da CIM RC) salientou que a GRM é “mais um passo significativo, para afirmar a Região de Coimbra como um destino turístico de excelência, fonte de marcas diferenciadas e uma referência nacional na valorização dos recursos endógenos.”

O edil enfatizou que projetos como a Grande Rota do Mondego “são resultado de uma nova abordagem que os poderes públicos têm vindo a dar às suas políticas de desenvolvimento”, “numa lógica de valorização territorial em todos os seus aspetos centrais e diferenciadores”.

Para o autarca, que considera que não faltam muitas e boas ideias com potencial de promoção da coesão do território, é fundamental, nos tempos que vivemos, “assumidamente difíceis”, concretizar as mesmas “juntos e em tempo útil” com “empenho, proatividade e criatividade, para reinventar as nossas atividades económicas e torná-las viáveis a longo prazo”.

“Potenciar a Figueira da Foz e todo o território da Região de Coimbra, inovando, configurando ou reconfigurando ofertas e dinâmicas territoriais é parte do caminho para criar atratividade económica e melhorar as condições de vida dos cidadãos”, referiu ainda o edil.

O presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, Pedro Machado, considerou que projetos como a GRM são para além de “estruturantes para os territórios”, um trabalho “de parceria e cooperação estratégica”, de “consolidação da malha que tem vindo a ser construída no Centro de Portugal”.

Pedro Machado manifestou plena consciência “de que o casamento entre aquilo que é o território e este produto [GRM] e sobretudo as dinâmicas que forem conseguidas através deste” é “provavelmente a chave do sucesso, a chave do futuro”.

O secretário-executivo da CIM RC, Jorge Brito, a quem coube a apresentação e enquadramento da GRM, salientou a importância deste projeto de “oferta turística em espaços naturais”, referindo que o foco foi trabalhar e estruturar a rede de corredores de áreas protegidas, potenciando-as “como áreas de lazer e usufruto para o turismo”.

Jorge Brito deu nota que foram realizadas mais de 50 ações de valorização, em quatro grandes áreas «Mar e zonas dunares», «Rios e zonas húmidas», «Serras de Coimbra» e «Caminhos de Espiritualidade».

A GRM é “uma rota pedestre e ciclável que materializa o conceito «Da Serra ao Mar», com uma lógica de continuidade”, referiu ainda.

A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, asseverou que “temos de acautelar o presente, mas sobretudo o futuro”.  Para a governante a prioridade passa por «Resistir», «Recuperar/ retomar» e «Reinventar».

Rita Marques acredita que o setor do turismo tem de ser reinventado, com olhos postos no futuro e através de projetos como a GRM, “aproveitando os recursos endógenos, o melhor que temos, aproveitando as novas tendências”, o turismo de Natureza, o turismo Verde, o turismo de Tranquilidade.

“Estes projetos de natureza territorial que resultam de várias vontades, de várias sinergias, de eficiência coletiva, podem de forma muito viva mostrar o que de melhor temos” referiu Rita Marque que salientou ainda que Portugal vale a pena e que “temos todo o receituário para vingar no futuro”.