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Armindo Araújo venceu Rali de Castelo Branco

Armindo Araújo voltou à competição, na nova normalidade que se vive, em grande estilo.

O piloto do Skoda Fabia R5 foi o grande vencedor da edição de 2020 do Rali de Castelo Branco, prova que a Escuderia Castelo Branco colocou na estrada e marcou a retoma da modalidade. Bruno Magalhães foi o segundo mais forte, enquanto o campeão nacional de ralis em título, Ricardo Teodósio, completou o pódio.

O Rali de Castelo Branco foi a primeira prova depois da suspensão da actividade causada pela pandemia. No regresso à competição, a lista de inscritos ficou completa com 85 concorrentes que não escondiam as saudades que tinham dos ralis.

Com sete troços e quase 100 quilómetros contra o cronómetro, a Escuderia de Castelo Branco preparou uma versão adaptada ao período que se vive. Máscaras, álcool gel e distanciamento social passaram a fazer parte do léxico e dos hábitos de todos aqueles que participaram no Rali de Castelo Branco.

A nível competitivo, Armindo Araújo chegou à Beira Baixa como vencedor da edição de 2019 e líder do campeonato depois da vitória na primeira ronda do ano, o Rali Serras de Fafe. Depois de ter ganho com um Hyundai i20 R5 no ano passado, o tirsense mostrou ao que vinha com o melhor tempo na classificativa inaugural.

Contudo, e apesar de ter mantido a liderança, no primeiro dia não voltou a vencer. Esse privilégio foi para Bruno Magalhães, que em Hyundai i20 R5 estabeleceu a melhor marca no segundo troço, e para José Pedro Fontes, que se impôs na terceira especial com o Citroën C3 R5.

Hoje realizou-se a segunda etapa do Rali de Castelo Branco. As duplas passagens por Dáspera – Salgueiral e Santo André das Tojeiras eram a ementa do dia. De novo, Armindo Araújo voltou a ser melhor no arranque. A diferença para a concorrência foi evidente e isso deu-lhe margem para gerir. Saiu do primeiro troço da manhã com 10,5 segundos do que o segundo classificado, Bruno Magalhães. Já José Pedro Fontes teve problema no seu carro e perdeu mais de dois minutos. O resultado foi a queda de segundo para 12º no final da primeira secção.

Ricardo Teodósio apresentou-se mais competitivo do que no dia anterior mas, ainda assim, sem capacidade para vencer especiais. Pedro Meireles e João Barros seguiram, à distância, os três primeiros.

À tarde, tudo se decidiria. Na última classificativa da manhã, Bruno Magalhães ainda encurtou distâncias mas Armindo Araújo aproveitou a segunda passagem por Dáspera – Salgueiral para quase fechar as contas da classificação a seu favor. Não foi o mais rápido. Quem venceu foi um agora atrasado José Pedro Fontes. Mas o segundo melhor tempo do homem do Skoda fê-lo aumentar a vantagem sobre Bruno Magalhães, novamente, para 10,5 segundos, enquanto Ricardo Teodósio se contentava com o último lugar do pódio.

O último troço, Santo André das Tojeiras 2, foi a Power Stage, o que significava pontos extra para os três mais rápidos. Aí, Bruno Magalhães voltou a impor-se e juntou três pontos aos 22 do segundo lugar final. José Pedro Fontes conseguiu o segundo tempo e Armindo Araújo fechou a sua participação em Castelo Branco com o terceiro registo na Power Stage e a vitória na classificação geral.

Com este resultado, Armindo Araújo, isola-se no segundo posto com duas vitórias, só atrás de José Pedro Fontes e Joaquim Santos, os únicos pilotos que já venceram a prova da Escuderia Castelo Branco em três ocasiões.

“O rali correu-nos muito bem. Entrámos a ganhar. Dominámos o primeiro dia. Hoje também dominámos o dia. Acho que mostrámos uma excelente atitude. A equipa fez um excelente trabalho. O carro esteve sempre impecável e nós atacámos e defendemos quando devíamos. Gerimos a prova. Estivemos sempre no sítio certo, à hora certa e isso traduziu-se numa vitória que foi muito importante para nós”, afirmou o vencedor do Rali de Castelo Branco, Armindo Araújo.