A Assembleia Municipal de Tondela, reunida na tarde de ontem, aprovou por unanimidade o Plano Estratégico Educativo Municipal. O documento traçou 62 metas a executar nos anos letivos 2023/2024 e 2024/2025 em 18 áreas.
Na sua intervenção, perante os deputados municipais, a presidente da Câmara, Carla Antunes Borges, explicou que este “é um importante plano” que permitirá “dar um passo em frente” para resolver os problemas que as escolas enfrentam, criando ao mesmo tempo “estratégias para ir ao encontro das necessidades não só dos alunos, mas também dos professores e de uma forma em geral de toda a escola”.
“Agradecer a toda a comunidade ter-se envolvido e ter abraçado o desafio do município. O futuro começa já porque já estamos a trabalhar na implementação desta estratégia. Sabemos bem da exigência deste processo e, por isso, iremos criar uma equipa multidisciplinar que irá acompanhar a execução destas metodologias. É o primeiro passo dos muitos que queremos dar”, realçou, acrescentando que o sucesso deste plano “dependerá do empenho de todos os que pertencem à comunidade educativa, não só de forma individual, mas também institucional”.
Antes de ter recebido luz verde da Assembleia, o Plano Estratégico Educativo Municipal já tinha sido aprovado por unanimidade pelo executivo camarário e pelo Conselho Municipal de Educação.
Além da Educação, esta sexta-feira na Assembleia Municipal de Tondela falou-se também de Saúde, com o presidente da Junta de Freguesia de Castelões a queixar-se do mau funcionamento da Extensão de Saúde de Campo de Besteiros, nomeadamente da falta de médicos. Gonçalo Pereira disse que tem recebido muitas reclamações dos fregueses em relação ao serviço e solicitou a intervenção da presidente da Câmara.
Na resposta, Carla Antunes Borges garantiu ao autarca que podia contar com o “empenho” do executivo na resolução da situação, acrescentando que iria entrar em contacto com a tutela nesse sentido, como já fez no passado em relação à extensão e a outros serviços de saúde no concelho.
A edil informou ter recebido um abaixo-assinado da população contra o mau funcionamento da Extensão de Saúde de Campo de Besteiros, petição que fez chegar ao Ministério da Saúde e Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões.
Já sobre a delegação de competências no município na área da saúde, a presidente da Câmara disse que o executivo não quer “enjeitar” o processo e defendeu que esta é uma matéria que necessita de discussão e da definição de uma estratégia.
“Não basta transferir assistentes operacionais, é preciso definir um conjunto de estratégias importantes para a resposta na área dos cuidados de saúde primários e de outra natureza. É por isso que temos vindo a trabalhar na nossa estratégia municipal para a saúde. É um projeto que queremos desenvolver em parceria com o Instituto Politécnico de Viseu e a Escola Superior de Saúde”, avançou.
“Queremos ter a certeza que aquilo que nos vai ser transferido do ponto de vista de responsabilidades é acompanhado do correspondente pacote financeiro. Não enjeitamos a transferência, queremos é faze-la com responsabilidade e queremos ter uma estratégia para a saúde há semelhança daquilo que estamos a ter na educação”, frisou.
Questionada sobre a Estrada Regional 230, a autarca manteve as críticas à empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) pela forma como foram conduzidas as obras na via, insistindo que o projeto de intervenção para estrada que foi apresentado ao município não está a ser cumprido.
A Assembleia Municipal de Tondela aprovou dois votos de louvor, um pelo centenário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tondela e o outro pela mudança de local da FICTON. Foi igualmente aprovado um voto de pesar pela morte de Lopes da Rosa, diretor da rádio Emissora das Beiras.