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Associação Empresarial de Poiares ameaça boicotar eleições

A Associação Empresarial de Poiares (AEDP) ameaça boicotar as eleições por causa da falta de acessibilidades.

A AEDO comemorou o 4º aniversário e “fez questão de ‘levantar a voz’ contra a falta de acessibilidades do concelho, lançando mesmo o desafio à população e empresários da região para se unirem à sua luta e não participarem em mais eleições até que os governantes se dignem a olhar para as necessidades» do concelho no que respeita a acessibilidades”, adianta a associação em comunicado.

As críticas surgiram pela voz do presidente da AEDP, Paulo Carvalho, que não tem dúvidas de que este é o “momento de fazermos sentir o nosso profundo desagrado aos nossos governantes”, adiantando que “não faz sentido que uma A25 termine em Viseu, uma A13 termine em Coimbra e se ignore a região que existe entre estes dois pontos”.

Reforçou mesmo que se vive “um desprezo que é de sucessivos governos”.

Na sua opinião é “importante lembrar que nos últimos 44 anos nada se tem feito no que respeita a acessibilidades na região”, defendendo uma “posição firme e reivindicativa” perante um problema que, “mais do que preocupar, já prejudica os empresários”, não só de Poiares, como dos concelhos à volta, como Arganil, Góis, Lousã e Miranda do Corvo.

 Presente na sessão, o presidente da Câmara Municipal, João Miguel Henriques, mostrou-se solidário com a indignação dos empresários e deixou claro o seu “empenho abnegado” na defesa da correção do que diz ser “uma injustiça” do Governo em relação às populações e aos empresários desta região.

O autarca não deixou de manifestar o seu descontentamento pela decisão do Governo nesta matéria lamentando que a “região tenha ficado «com uma mão cheia de nada… ou de coisa nenhuma”.

“Não podemos conformar-nos”, afirmou, desapontado pelo abandono da alternativa a sul do Mondego, uma solução que “foi pensada, desenhada, sonhada por um conjunto de empresários da região”, desabafou.

O autarca fez questão de sublinhar que não é contra a intervenção no IP3, que “é uma das vias de maior sinistralidade do país”, pelo que, “tudo o que ali for feito para melhorar a segurança dos que ali circulam só temos de defender e elogiar», referiu, revelando que esperava outra solução, já  que «este não é só um problema de Poiares, é um problema de toda a região”.