Fartos de estudos e mais estudos, a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra exigiu, ontem, junto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) a conclusão dos estudos sobre a solução técnica a adoptar no Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).
Até agora já se gastaram mais de 100 milhões de euros em estudos e construção de várias etapas do chamado Metro Mondego, sem que nunca fosse concluído. O processo já se arrasta desde 2009.
Solidária com a necessidade de definição e avanço do Sistema de Mobilidade do Mondego, a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra solicitou uma reunião à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) com vista à conclusão de estudos que permitam a clarificação da solução técnica a adotar no Sistema de Mobilidade do Mondego.
Em comunicado os 19 autarcas da CIM solicitaram à Comissão de Coordenação o terminus dos trabalhos realizados pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil com vista à “clarificação da solução a adotar, tendo em atenção o atual quadro de restrições financeiras e as prioridades estratégicas da Comissão Europeia”.
Foi igualmente solicitada a alocação de verbas do Programa Operacional Regional do Centro a este investimento.
A CIM e os autarcas mostram-se “convencidos que é imperativo clarificar a solução técnica para este problema regional devendo este trabalho ser realizado por uma entidade insuspeita como o LNEC. Contudo, foi dada nota que não podem ser desperdiçados os mais de 100 milhões de euros investidos”.
Consideram igualmente que o projeto para ser” viável e sustentável” deve integrar a componente inter-urbana com a urbana, o que “exigirá um esforço coletivo do Programa Operacional Regional do Centro, do Orçamento de Estado e eventualmente Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra CIM RC/MN/2016 2 de outros Programas Operacionais Temáticos, de modo a que o projeto saia finalmente do papel”.
A presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, esclareceu sobre os passos efetuados na procura de financiamento no Programa Operacional Regional do Centro para o Sistema de Mobilidade do Mondego.
Recordou que a atual solução para o Sistema de Mobilidade do Mondego foi apresentada à Comissão Europeia aquando da preparação do Programa Operacional Regional do Centro 2014-2020 e foi “recusada porque foi considerado que o projeto não era viável nem sustentável, bem como carecia da apresentação de outras soluções tecnológicas alternativas”.
Assegurou, também, que a contratação do LNEC, em junho de 2015, visou dar resposta às questões levantadas pela Comissão Europeia.
A conclusão da segunda fase dos estudos do LNEC, que “não levam mais do que seis meses, é fundamental para uma candidatura deste projeto” a fundos comunitários.
Em qualquer circunstância, o programa Operacional do Centro terá de ser “reprogramado para contemplar o financiamento” do Sistema de Mobilidade do Mondego.
Os autarcas, sublinham, que a “decisão final sobre este importante projeto para a Região está dependente do Governo e das opções estratégicas no âmbito de uma reprogramação do Portugal 2020, nomeadamente na definição de uma solução integrada para o financiamento do Sistema de Mobilidade do Mondego”.