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Autarcas da CIM Coimbra reivindicam intervenção urgente no IP3

O Conselho Intermunicipal (CI) da CIM Região de Coimbra recusa mais mortes no IP3 e reivindica à Infraestruturas de Portugal (IP) e ao Governo a intervenção com caráter de urgência neste itinerário principal.

Reunidos, ontem, em Penacova, os 19 Municípios que compõe a CIM Região de Coimbra consideram que “não obstante a necessidade de construção de uma nova via entre Coimbra e Viseu, é prioritária e urgente a reparação e beneficiação do atual IP3, de modo a diminuir os elevados índices de sinistralidade e a garantir que esta via estruturante para o país continue a cumprir as suas funções”.

Com cerca de 18 mil veículos/dia e uma elevada percentagem de veículos pesados, o atual eixo do IP3, além de principal acesso ao concelho de Penacova, é “fundamental no desenvolvimento da Região e constitui um dos trajetos essenciais para o transporte de mercadorias para exportação, pelo que, segundo o CI da CIM Região de Coimbra, não é possível escamotear o seu impacto na economia nacional”.

A intervenção a realizar, defende o CI, deve ser inscrita no plano de proximidade das Infraestruturas de Portugal e “responder à intensa procura que a via regista, garantindo níveis de qualidade e de segurança aos milhares de utilizadores que viajam diariamente” neste itinerário principal.

Criticando o estado de conservação, a sinalização deficiente e os abatimentos da plataforma, com a consequente redução das faixas de rodagem e aluimento de taludes, os autarcas da Região de Coimbra exigem que estas intervenções se “realizem com caracter de urgência, já que se trata do corredor com, elevada taxa de sinistralidade e que paralelamente melhor se articula com as grandes vias de tráfego da região Centro, nomeadamente com a A1 para norte e para sul, com a A14 para oeste, com a A24 para norte interior, com a A25 para este e Espanha e com o IC6 e o IC12 para a Beira Interior”.

Reivindicam, ainda, a “clarificação do processo da nova via Coimbra-Viseu uma vez que esta é considerada como fundamental para diminuir a falta de competitividade das empresas da região, penalizadas pelos acessos muito difíceis às vias principais de comunicação, mas cujo volume de produção efetiva está voltado para o setor da exportação, representando largas dezenas de milhões de euros de faturação”.

O crescimento ou até mesmo manutenção deste volume de negócio, sublinha o CI da CIM Região de Coimbra, só será possível de manter com a nova ligação rápida às grandes vias de circulação rodoviária, garantindo a ligação da costa Atlântica à fronteira com Espanha.

Os autarcas da Região de Coimbra vão fazer chegar as suas preocupações ao Primeiro Ministro e solicitar uma reunião com caráter de urgência ao Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.