O executivo da Câmara) de Coimbra vai analisar e votar, na sua reunião de segunda-feira, dia 04 de setembro, a celebração de um protocolo de colaboração para a cedência de instalações à associação Herança do Passado, para a criação de um espaço, em plena Baixa da cidade, dedicado à Tecelagem de Almalaguês.
“No âmbito do protocolo de colaboração, o Município de Coimbra vai ceder à associação Herança do Passado, em regime de comodato, um edifício na rua Direita, com uma área de cerca de 86m2, que tem também um acesso pela rua Arco do Ivo”, revela hoje em nota a autarquia.
O prédio, que ocupa o rés-do-chão dos números 100-102 da rua Direita e o rés-do-chão dos números 1-3 da rua Arco do Ivo, será “utilizado para a instalação de um espaço de atividades destinado à exposição, divulgação, dinamização e valorização da Tecelagem de Almalaguês”, salienta.
Está previsto que o edifício, cedido pela autarquia, vá “dispor de um tear ao vivo para experienciar a tecelagem, acolha exposições e seja possível, ainda, a comercialização dos trabalhos resultantes do saber fazer desta tradição. No local, haverá também oficinas de experiência e divulgação de trabalhos que poderão ser apreciados por todos. O espaço vai estar aberto ao público diariamente”.
O protocolo entre a CM de Coimbra e a Herança do Passado prevê, ainda, que a autarquia “realize obras no edifício antes da cedência. Até estas estarem concluídas, a associação, com sede em Anaguéis, na freguesia de Almalaguês, poderá ocupar um outro prédio municipal nas proximidades das futuras instalações, mais precisamente no rés-do-chão esquerdo dos números 108-110 da rua Direita”.
A atividade desempenhada pela Herança do Passado “encerra em si um enorme potencial como atividade económica, não só porque à mesma estão associadas muitas mulheres da zona rural do concelho, mas também, e porque ao falar-se da Tecelagem de Almalaguês estamos perante a história e um património com um enorme valor em termos da identidade da região, em termos turísticos”, refere a informação dos serviços municipais que vai ser analisada na reunião de segunda-feira, dando nota do dinamismo desta associação que tem criado e produzido, ao longo dos anos, novos produtos, tais como alpercatas, chinelos de pano, sapatilhas, casacos e coletes.
“A associação tem trabalhado de forma contínua, organizando cursos, ações de formação, workshops e exposições dando a conhecer a sua atividade não só no concelho, mas também fora dele, tendo assim um papel importante na divulgação do património imaterial da Região de Coimbra, mantendo vivas as tradições que constituem a nossa identidade enquanto povo”, pode ler-se na proposta de protocolo que vai ser votada.