O Bastonário da Ordem dos Médicos (OM) marcou presença, esta quinta-feira, na última sessão de 2022 do fórum “Ser Médico Hoje2, que teve como tema “A nossa Casa: o que deve ser a competência da Ordem?”.
Esta iniciativa foi lançada no âmbito da candidatura de Carlos Cortes a Bastonário da OM e pretende ser um espaço aberto a todos os médicos para uma discussão alargada sobre o futuro da Saúde em Portugal.
Na sua intervenção, Miguel Guimarães considerou que a Ordem tem um papel fundamental na defesa pública não só das pessoas, mas também da qualidade da Medicina e da formação dos médicos.
“A Ordem dos Médicos não pode hesitar em ter intervenção pública na defesa dos cidadãos, da qualidade da Medicina, na defesa da formação dos médicos e dos processos deontológicos”, afirmou o Bastonário, numa sessão que contou também com a intervenção de Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) e candidato a Bastonário.
A formação médica foi uma das áreas de atuação da Ordem destacada por Miguel Guimarães, referindo que é necessário garantir que se formam “médicos bons” e que estes profissionais “continuam a ser bons alunos ao longo da vida”.
Carlos Cortes, por sua vez, sublinhou que a Ordem dos Médicos, apesar do seu papel “irrepreensível” no que toca a “auditar a qualidade da formação”, também tem de ser “produtora de formação”.
O Bastonário acrescentou ainda que a Ordem tem um “papel determinante” na qualidade do exercício da Medicina e em questões como a liderança. Para Miguel Guimarães, é importante incutir nos médicos que a sua “missão vai além de serem médicos”: “A nossa missão também tem a ver com a organização dos serviços de saúde e com as políticas de saúde, porque a nossa principal missão – a missão zero – é defender os doentes e defender a Saúde.”
Também Carlos Cortes afirmou que a OM tem como “principal atribuição” defender a “qualidade da prestação dos cuidados de Saúde em Portugal”: “Se retirarem a nossa função, deixamos de ser uma ordem profissional”, considerou o candidato a Bastonário, sublinhando ainda o papel essencial da Ordem enquanto “defensora da dignificação da profissão médica e dos médicos”.
A defesa dos médicos, de acordo com o candidato a Bastonário, deve ser feita em várias áreas, nomeadamente na área social, considerando ser algo que a Ordem tem de “amplificar”: “Quero manter e aprofundar este aspeto.”
“Temos a função de nos apoiar a nós próprios. A OM tem a função de ajudar os médicos que precisam de ser ajudados, e os seus familiares diretos, através do Fundo de Solidariedade”, afirmou também o Bastonário.