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BE questiona Câmara de Viseu quanto a sobrelotação dos transportes públicos urbanos

O Bloco de Esquerda de Viseu dirigiu à presidência do executivo da Câmara Municipal de Viseu várias questões sobre a situação atual dos transportes públicos que integram o MUV (Mobilidade Urbana de Viseu). 

“O Bloco tomou conhecimento que vários autocarros do MUV (Mobilidade Urbana de Viseu) têm realizado viagens em incumprimento das normas da Direção Geral de Saúde (DGS), segundo as quais os autocarros devem circular com um máximo de 2/3 da lotação. situação que se verifica nomeadamente em vários horários da linha 15”, adianta o partido em comunicado.

No dia 13 de maio a Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda “posicionou-se em comunicado sobre a escassa oferta de horários nas linhas da MUV em comparação com o período antes da pandemia. Já então se verificavam casos de sobrelotação, muitas vezes provocada pela diminuição do tamanho dos veículos. No mesmo comunicado chamou a atenção para outros casos no distrito”.

“Entretanto, a 29 de maio, após o regresso dos estudantes do 11.º e do 12.º às aulas em regime presencial e com o regresso ao trabalho de muitas pessoas, temendo que a situação piorasse, o Bloco de Esquerda voltou a alertar para que a oferta disponível das linhas MUV não estaria a acompanhar o aumento de procura com o desconfinamento, provocando situações de incumprimento das normas da DGS e de incremento do risco para a saúde pública”, refere.

Adiantando que “neste momento, apesar desta sobrelotação relatada por vários utentes do MUV, há pessoas que ficam apeados na paragem, sem que o autocarro tenha capacidade para as recolher. Isto verifica-se, por exemplo, com alunos das várias escolas de Viseu que acabam por, ficando sem opção, ter que recorrer à boleia dos encarregados de educação ou esperar pelo horário seguinte”.

Nas questões à Câmara de Viseu, o BE pretende esclarecer se o “executivo tem conhecimento das situações de sobrelotação e de falta de resposta às necessidades dos passageiros do MUV; qual o motivo para que ainda não tenham sido criados desdobramentos nos horários de maior afluência; que medidas irão ser tomadas que permitam solucionar estas situações de risco para a saúde pública no imediato e que medidas irão ser tomadas para que nenhum passageiro fique apeado, sem resposta de transporte público para as suas necessidades”.