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Bispo da Guarda não terá denunciado queixas de abusos sexuais de padres

Há pelo menos mais dois bispos que, além de Manuel Clemente, terão tido conhecimento de queixas de abusos por parte de padres e que não comunicaram essas suspeitas quer à Polícia Judiciária quer ao Ministério Público, as autoridades civis com competência para investigar este tipo de crimes, avança hoje o Expresso.

Em causa, confirmou o Expresso, estão o bispo da Guarda, Manuel Felício, e o bispo emérito de Setúbal, Gilberto Reis.

Um padre denunciou nos anos 1990 12 sacerdotes por suspeitas de pedofilia na Igreja Católica, sendo que metade dos visados ainda exercem funções em cargos religiosos. A notícia é avançada pelo jornal Expresso.

Segundo a reportagem, o padre que avançou com as denúncias é uma “pessoa importante no seio da Igreja”, sendo que acompanha casos do género desde 1980. Ainda segundo a investigação, o denunciante tem vários documentos com informações recolhidas ao longo dos anos, havendo dois dossiers em que estão relatados casos de pedofilia no fim do século XX.

O padre, cuja identidade não é revelada, terá reunido vários testemunhos de vítimas que dizem ter sido assediadas ou abusadas em várias paróquias, carros ou até numa casa no Algarve. Num dos casos, a vítima, então com 15 anos, acabou por se suicidar após ter revelado aos pais os crimes de que terá sido vítima.