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Bloco de Esquerda exige ao Governo a requalificação urgente do IP3

As Coordenadoras Distritais do Bloco de Esquerda (BE) de Coimbra e Viseu exigem do Governo a requalificação urgente e prioritária do IP3.

Em comunicado adiantam em comunicado que aquela via deve ser “dotada das condições de segurança, comodidade e funcionalidade, sem portagens, independentemente da construção e concessão, num futuro próximo, de qualquer outra ligação entre Coimbra e Viseu, em perfil de auto-estrada”.

Os bloquistas recordam que “só nos últimos oito dias ocorreram mais dois acidentes mortais no IP3, troço Viseu-Coimbra, já apelidado de “Estrada da Morte” devido aos inúmeros acidentes que ali têm ocorrido”.

Desde que foi acabada de construir em 1998, permaneceu com “troços muito sinuosos, com inclinações que chegam aos 7% e, na maioria do traçado, com um perfil transversal muito irregular – por regra, de 2+1 vias ,alternando, em zonas planas, com1+1 e só nas proximidades de Coimbra e Viseu como perfil 2+2”.

O facto de alternar aqueles três tipos de perfil, conferiu a este troço a designação técnica de “via rápida”, o que, à época, “correspondeu ao sentimento dos utentes que anteriormente tinham de percorrer a distância entre Coimbra e Viseu, através de estradas muito mais sinuosas, como as famigeradas curvas do Luso, em ferradura”.

Hoje, no entanto,o IP3, que liga duas das principais cidades da região Centro, “não passa de uma via lenta e perigosa”.

Sucessivos governos têm “adiado a necessária requalificação, limitando-se, nos princípios da década de 2000, a colocar em toda a extensão do troço entre Coimbra e Oliveira do Mondego, um separador central, em cimento”.

Face aos protestos dos utentes, em 2004, o secretário de Estado das Obras Públicas, Jorge Costa, anunciou que ou se faria a duplicação do IP3 ou uma nova ligação.

“Mudaram os governos, mas até hoje, nada foi feito”, frisam os bloquistas.

As regiões afetadas “começam a ficar fartas da política de ‘passa culpas’ sempre que muda o governo, sem verem avançar uma solução satisfatória para as populações e para as empresas que utilizam o IP3.A Infraestruturas de Portugal (IP) colocou no seu plano de investimentos 15-20, a requalificação do IP3, introduzindo portagens nalguns dos troços atuais para financiar a requalificação do troço seguinte”.