A Câmara Municipal da Lousã, no âmbito da iniciativa “Solidariedade com a Ucrânia” – lançada na sequência da invasão pela Federação Russa – reforçou as medidas de apoio a refugiados oriundos daquele país, medidas estas incluídas numa segunda fase desta iniciativa.
Nesta segunda fase, em coordenação com o Alto Comissariado para as Migrações, já foram acolhidos no concelho cerca de 35 refugiados, dos quais 21 mulheres e 8 crianças. De forma a organizar as ofertas de alojamento (e não só) que vários munícipes disponibilizaram, foi criada uma linha direta de contacto com a Autarquia, através do número 966 386 437 ou solidariedade.ucrania@cm-lousa.pt. Paralelamente à oferta privada, a Autarquia celebrou um protocolo com o ACM – Associação Cristã da Mocidade, de forma a garantir alojamento para todos. Além do alojamento, foi garantido o apoio alimentar, bem como – nos casos em que se verificou necessário – distribuídas roupas e vales de compras.
“De forma a contribuir para a integração na comunidade, a Equipa de Intervenção Social da Autarquia – em coordenação com a Segurança Social e o Instituto de Emprego e Formação Profissional – contactou com todos os cidadãos acolhidos, aferindo as suas necessidades, expectativas e procurando, em conjunto, encontrar as melhores soluções para a integração profissional e no sistema educativo, prioridades nesta altura”, refere a autarquia em nota.
Em conjunto com a AESL – Associação Empresarial Serra da Lousã, foram identificadas cerca de 50 possibilidades de integração profissional, procurando agora fazer a correspondência mais adequada aos perfis dos cidadãos acolhidos.
No que à Educação diz respeito – em coordenação com o Agrupamento de Escolas da Lousã – foram promovidas reuniões com as famílias com alunos em idade escolar, de forma a encontrar as melhores soluções para as crianças e jovens. Foi ainda garantido todo o apoio no processo burocrático e identificadas as necessidades logísticas – nomeadamente material escolar, computadores e transporte – para que estas crianças e jovens possam frequentar as aulas – com um currículo adaptado a esta fase de integração – tendo iniciado a frequência no dia 31 de março. Para que a barreira da língua seja mais facilmente ultrapassada, foi requisitado um professor de apoio para o ensino do Português como Língua não Materna. Finalmente foram, também, criadas condições para que os alunos possam continuar a ter aulas à distância a partir da Ucrânia.
Para Luís Antunes, presidente da Câmara Municipal “esta grande lista de medidas que implementámos revelam o empenho que colocámos neste assunto e que certamente merece de todos nós uma profunda empatia”. Continuou ainda dizendo que “situações excecionais merecem medidas excecionais, mas ultrapassadas as questões básicas, nomeadamente de alojamento e primeiras necessidades, o que pretendemos é proporcionar a estes cidadãos a possibilidade de construírem aqui a sua vida, uma segunda oportunidade digamos assim, de serem felizes e de serem parte da comunidade lousanense”. A terminar Luís Antunes aproveitou para “publicamente agradecer a todos aqueles que têm colaborado com a Autarquia nesta missão tão nobre, revelando a essência solidaria do Ser Lousanense”.