Cães em estado selvagem ou de abandono – cães assilvestrados – atacaram e mataram quatro ovelhas, e feriram várias mais, na noite de 16 para 17 de dezembro, na zona da Cordinha, concelho de Oliveira do Hospital.
“Provocaram prejuízos e receios no proprietário do (pequeno) rebanho atacado, proprietário esse residente em Aldeia Formosa, freguesia de Seixo da Beira”, adianta em comunicado, João Dinis da Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra.
Este ataque “continua a sequência de outros ataques semelhantes feitos pelos mesmos ou por outros cães assilvestrados, durante há já uns dois meses seguidos nesta zona, ataques que já provocaram uma autêntica razia em rebanhos”, revela ainda João Dinis que enviou também este comunicado à diretora regional de Agricultura do Centro, presidente do Município de Oliveira do Hospital e comandante da GNR de Oliveira do Hospital,
Questiona depois as autoridades se “não são capazes de intervir como se recomenda a fim de controlar esta situação por forma a neutralizar os cães tanto mais que estes têm sido sinalizados por quem os tem visto como nós próprios já o fizemos há tempos”.
“Perante tanta ineficácia, perante tanto prejuízo e sobressalto causados aos proprietários dos animais atacados e de outros proprietários que têm esse receio, os Pastores estão, objectivamente, a ser empurrados, por vossas excelências, para tomarem medidas drásticas pelas quais, a seguir, podem vir a ser condenados”, frisa.
A concluir diz que “responsabilizamos vossas excelências por ‘acidentes’ de qualquer tipo que se venham a verificar caso alguém tente fazer, pelas próprias mãos, aquilo que Vossas Excelências já deviam ter feito há tempos, repete-se, anulando a acção destes cães predadores”.
Pois é, ninguém cumpre a Lei. A recolha desses animais é da competência das Câmaras Municipais mas estas estão tão preocupadas que nem sequer requereram e se candidataram aos dinheiros que o Estado disponibilizou para ampliação dos canis municipais para recolha e esterilização de animais errantes. Ainda a “procissão vai no adro” e quero ver como vão resolver o problema da sobrepopulação de animais errantes (que não nascem de geração espontânea) uma vez que a Lei proibe o abate.
. .. Desde a entrada da nova Lei (Fim dos Abates) as Câmaras Municipais tiveram dois anos para se prepararem no entanto e como já é típico do tuga, é o “deixa andar… A responsabilidade pelas mortes dessas pobres ovelhas deverá ser imputada à respectiva Câmara Minicipal da zona. Vergonhoso!
Haja coerência!! Existem cães abandonados porque existe negligência da sociedade…primeiro porque os abandonaram, depois porque o Município têm falta de inércia em ter uns serviços veterinários capazes de resolver situações desta natureza.
Infelizmente os Municípios gerem em função do populismo e nada querem saber sobre estes assuntos, mesmo quando a lei os obriga.
Enfim…Existem leis…Existem normas…Mas no que respeita à defesa animal elas são completamente ignoradas…
Coitados dos animais que se vêm obrigados a matar para saciar a fome…
Subscrevo tudo o que foi dito acima: INÉRCIA, POPULISMO E COMPADRIOS. Nada mudou nem com leis nem sem elas.