A Câmara de Coimbra assinou hoje, dia 24 de janeiro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, um protocolo para a execução do Plano de Reforço de Estrutura Arbórea com a Metro Mondego (MM).
O protocolo destina-se a “regular a elaboração, execução, acompanhamento e manutenção dos projetos do Plano de Reforço de Estrutura Arbórea e prevê a plantação de 608 árvores em vários pontos da cidade, que se juntam às mais de 600 plantações já previstas no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM)#, refere em nota a autarquia.
O documento foi assinado pelo presidente da Câmara, José Manuel Silva, pelo presidente do Conselho de Administração (CA) da MM, João Marrana, e pela vogal do CA da MM, Teresa Jorge.
O protocolo entre a Câmara Municipal e a MM, aprovado na reunião do executivo municipal de 8 de janeiro, “dá seguimento à revisão dos projetos da empreitada do SMM, que anulou alguns dos mais de 600 abates previstos e definiu um compromisso da entidade em assegurar a plantação de três árvores por cada abatida no decurso das obras do Metrobus”. Para além das mais de 600 previamente previstas, o protocolo define a plantação de mais 608 árvores, a decorrer em terrenos públicos municipais, em três locais específicos do concelho”.

A plantação das árvores vai “acontecer na ribeira do Vale das Flores (436 árvores), em quatro espaços da Rua António Ferrer Correia (106 árvores) e em vários locais da zona da Solum (66 árvores)”.
A sessão de hoje, que contou também com a presença da vereadora do Urbanismo, Ana Bastos, “serviu, ainda, para se outorgar o contrato de execução da intervenção na Avenida Ferrer Correia e efetuar a abertura do concurso para a intervenção na ribeira do Vale das Flores, que decorrem da assinatura do protocolo”.
A maioria das árvores vai, “então, ser plantada no futuro bosque do Vale das Flores, um projeto da autoria da arquiteta Laura Roldão. Este plano, indica a MM, consiste na criação de uma floresta urbana, com a erradicação de espécies invasoras, replantação e densificação das áreas que foram sujeitas a intervenção e cujas árvores morreram, plantação em espaços contíguos à ribeira do Vale das Flores, nomeadamente estabilização superficial dos taludes através da plantação de árvores e de arbustos e diversificação de ambientes. Destaca-se, também, a criação de cortinas visuais que permitem diminuir o impacto dos vários viadutos e, consequentemente, mitigar a presença dos automóveis neste parque”, frisa ainda a autarquia.
Em paralelo, será “executado o projeto relativo à Rua António Ferrer Correia, da autoria do arquiteto Miguel Pinheiro, que prevê, então, a plantação de 106 novas árvores na envolvente desta via”.
Nos dois projetos, a implementação de árvores junto dos percursos e arruamentos “permite oferecer um enquadramento visual e mitigar as temperaturas elevadas no verão através do ensombramento. Por outro lado, o aumento da biodiversidade permite assegurar uma escolha de espécies adaptadas à situação climática, condições de humidade e características do solo”, esclarece a MM.

O protocolo estipula que a MM fica, assim, “responsável por elaborar os projetos de plantação e, em articulação com a autarquia, assegurar a concretização do Plano de Reforço da Estrutura Arbórea. Isto é, compete à MM assegurar todos os procedimentos e diligências necessárias à elaboração e execução dos projetos integrados no plano, garantindo a articulação e acompanhamento da CM de Coimbra na fase de elaboração e execução dos mesmos. Depois dos espaços intervencionados, cabe à autarquia assegurar a sua manutenção. Este protocolo tem a vigência de dois anos, renovável”.
A MM indica, ainda, que os projetos a desenvolver no futuro para garantir o compromisso de plantar três árvores por cada abate, poderão ser executados em espaços de outras entidades com quem venham a ser estabelecidas idênticas parcerias de reforço arbóreo.
Atualmente, estão a decorrer cinco empreitadas para a implantação do Metrobus, designadamente no troço Alto de São João – Serpins” (suburbano), “Portagem – Alto de São João – Adaptação da Infraestrutura a BRT, Adutora da Boavista e Drenagem Pluvial do Vale da Arregaça”, “Linha do Hospital Aeminium – Hospital Pediátrico e Remodelação das Redes de drenagem de águas residuais”, “Portagem – Coimbra B e Renovação da Estação de Coimbra B” e Construção do Parque de Material e Oficinas (PMO). Exceto na construção do PMO, em que o dono de obra é a Metro Mondego (MM), o dono de obra das restantes intervenções é tripartido, nomeadamente, Infraestruturas de Portugal SA (IP), Águas de Coimbra, EM (AC), Águas do Centro Litoral (AdCL).