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Câmara de Aveiro defende prioridade de novo licenciamento da segunda célula de resíduos urbanos

No âmbito da consulta pública sobre o licenciamento de uma segunda célula de resíduos urbanos no aterro sanitário do Centro Integrado de Tratamento e Valorização (CITVRSU) de Eirol, Aveiro, que tem a gestão da ERSUC, mais conhecido por Unidade de Tratamento Mecânico Biológico (UTMB).

A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) enviou o seu parecer à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), alertando para alguns aspetos que são necessários cuidar no licenciamento e na exploração desta segunda célula, e na gestão global desta UTMB, sendo que esta segunda célula está prevista no plano inicial da UTMB.

Nos últimos três anos a gestão da UTMB de Aveiro foi melhorada, “é muito importante que a ERSUC e a APA garantam um patamar de qualidade de gestão sempre alto, mais agora que se vai construir e utilizar a segunda célula do aterro sanitário, mantendo-se uma perspetiva de vida útil mais reduzida do que o previsto inicialmente, como aconteceu com a célula um”, refere a autarquia.

“É por isso importante ter presente as razões que aceleraram o processo de enchimento da primeira célula e desse modo incluir neste processo de licenciamento, e em linha com as novas diretrizes e objetivos nacionais em matéria de redução de encaminhamento de resíduos para aterro, a obrigatoriedade de serem definidas as medidas necessárias que permitam concretizar a valorização dos bioresíduos, a valorização multimaterial privilegiando a separação na origem e otimização da unidade de triagem, reduzindo a quantidade de rejeitados que não segue para a cadeia de valorização”, sublinha o município.

A Câmara de Aveiro alerta também “para a inevitabilidade de reavaliar a capacidade da unidade de tratamento de lixiviados e o sistema de lagunagem associado, já que, como se sabe esta UTMB encontra-se muito próxima de linhas de água que desaguam no Rio Vouga, na zona do Baixo Vouga Lagunar e lençóis subterrâneos”.