A Câmara de Cantanhede e a INOVA-EM realizaram, ontem, a apresentação e discussão pública do relatório preliminar do “Estudo para o Desenvolvimento de Sistemas de Recolha de Biorresíduos de Cantanhede”.
A sessão decorreu no salão nobre dos Paços do Concelho, com a presença da presidente da autarquia, Helena Teodósio, que afirmou ser “um privilégio o Município contar com uma empresa municipal que está sempre empenhada em melhorar a oferta que se pretende dar aos munícipes ao nível do abastecimento de água, saneamento e proteção ambiental”. A edil camarária enalteceu o “apoio da empresa 3Drivers – Engenharia, Inovação e Ambiente Lda na elaboração do estudo para o desenvolvimento do sistema de recolha de biorresíduos assumindo-se como uma estratégia relevante de apoio as decisões futuras do Município de Cantanhede”.
No que se refere ao tratamento caseiro dos biorresíduos a autarca sublinhou “o interesse do estudo da INOVA-EM no sentido de reforçar as condições tendentes a acentuar essa boa prática no concelho”, destacando ainda o importante “papel que as escolas têm vindo a desempenhar na sensibilização e formação das crianças para esse importante desígnio coletivo, em particular no que diz respeito aos comportamentos e atitudes a adotar relativamente à separação, seleção e reciclagem do lixo”.
Por seu lado, Idalécio Oliveira, presidente do Conselho de Administração da INOVA-EM destacou como principal objetivo “deste estudo, determinar a melhor estratégia a implementar no município de Cantanhede, tendo em consideração as suas características geográficas e territoriais, processo que passa, por isso, pela própria gestão global de todos os resíduos urbanos produzidos no território. Nesse sentido, a estratégia passa por diferentes fases, começando desde logo pelo diagnóstico com particular em foque nos biorresíduos, face às metas estabelecidas pela legislação em vigor que determinam que, até final de 2023, esta recolha seletiva deve estar devidamente operacionalizada”.
Idalécio Oliveira salientou a “necessidade premente da implementação de uma solução que permita recuperar na origem, de forma eficaz, os resíduos alimentares produzidos no território de Cantanhede, referindo o percurso de tem sido feito e reforçando a importância da sensibilização e informação junto da população por forma a observar-se um ajustamento progressivo dos comportamentos e práticas para melhoria contínua dos indicadores e resultados. Reforçou também a importância da sustentabilidade ambiental e financeira que estes processos implicam, e da importância de reduzirmos os volumes de resíduos produzidos, da separação dos mesmos para valorização e reciclagem, da compostagem e da reintrodução nos solos”.
O estudo para o desenvolvimento do sistema de recolha de biorresíduos assume-se como uma “estratégia de apoio à decisão para o Município de Cantanhede de avançar para a identificação de um conjunto soluções passíveis de serem implementadas, com vista a garantir que os biorresíduos produzidos possam ser separados e reciclados na origem, ou recolhidos seletivamente assegurando a sua máxima eficácia para posterior tratamento nas infraestruturas existentes na entidade gestora em alta”, refere a autarquia em nota de imprensa.
Este documento “constitui-se por isso, como um objetivo para gerar benefícios económicos globais na sua valorização orgânica e/ou energética, a par com a premente necessidade de evitar, ou até mesmo eliminar custos e impactos decorrentes da eliminação desta tipologia de resíduos”.