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Câmara de Coimbra aciona Plano Municipal de Contingência para pessoas em situação de sem-abrigo por causa do frio

A Câmara Municipal (CM) de Coimbra acionou hoje, a partir das 18h00, o Plano Municipal de Contingência para Pessoas em Situação de Sem-Abrigo perante o tempo frio, face às previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que apontam para uma descida acentuada dos valores de temperatura nos próximos dias.

O documento, elaborado pela Divisão de Ação Social (DASo) e pelo Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), foi aprovado pelo presidente da CM de Coimbra, José Manuel Silva, no passado dia 19 de janeiro, adianta a autarquia em nota.

O objetivo deste Plano, elaborado em “estreita articulação pela DASo e pelo SMPC”, passa por “descrever a estrutura e a coordenação de ações de resposta, de âmbito municipal, a gestão operativa, bem como a forma de mobilização e ativação dos recursos existentes de apoio social à população em situação de sem-abrigo, face à ocorrência de períodos de tempo frio e de tempo quente”.

Estão ainda envolvidos no Plano, o Departamento de Ação e Habitação Social, a Companhia Municipal de Bombeiros Sapadores, a Polícia de Segurança Pública, a Guarda Nacional Republicana, os Bombeiros Voluntários (BV) de Coimbra e os BV de Brasfemes, o Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra e as Equipas de Rua, Centros de Abrigo e restantes entidades que integram o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo de Coimbra (NPISA/C). Uma vez que a população abrangente do programa tem maior incidente na zona urbana da cidade, também as Juntas de Freguesia de Santo António dos Olivais, a União de Freguesias de Coimbra, a União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades e a União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas estão envolvidas no Plano.

O Plano Municipal de Contingência perante o tempo frio é “ativado quando se registam valores mínimos de temperatura diária igual ou inferir a 1ºC, durante dois dias consecutivos”.

Devido à situação meteorológica, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou para os potenciais riscos, nomeadamente “intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação em habitações onde se utilizem aquecimentos como lareiras e braseiras”, assim como para incêndios devido à “má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos”.

A ANEPC pede igualmente especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis, crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo.

“Lembra-se ainda que o impacto destes efeitos pode ser minimizado através da adoção de comportamentos adequados, nomeadamente evitar a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura”, diz a concluir a autarquia.