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Câmara de Coimbra aposta em ciclovia

O executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) vai analisar e votar, na sua reunião de segunda-feira, uma proposta para a aprovação dos projetos de execução dos troços do Vale das Flores e da Av. de Conímbriga da Ciclovia de Coimbra – Coimbra B/Vale das Flores/Portela.

Se forem aprovados, todos os projetos de execução referentes à Ciclovia de Coimbra, que corresponde à primeira fase da rede ciclável da cidade, ficam concluídos, uma vez que o projeto de execução dos restantes troços – Urbano Duarte, Quinta da Portela, Pinhal de Marrocos e Pedro Nunes – foi aprovado na reunião de Câmara do passado dia 3 de abril.

Esta ação está incluída no Plano de Ação e Mobilidade Sustentável (PAMUS) do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Coimbra.

O projeto Ciclovia de Coimbra – Coimbra B/Vale das Flores/Portela corresponde à primeira fase da rede ciclável de Coimbra. “Uma primeira fase de várias, que levarão à implementação de uma rede viária na cidade, que ligará polos importantes tais como, entre outros, estabelecimentos de ensino, de saúde e zonas comerciais”, refere a autarquia em comunicado.

O traçado pretende “potenciar a utilização da bicicleta nas deslocações casa-trabalho e casa-escola, em detrimento da utilização do transporte individual motorizado, com a consequente redução de emissões de gases com efeito de estufa, garantindo ainda os níveis elevados de segurança rodoviária”, lê-se nas informações que serão apreciadas na reunião de segunda-feira.

Os troços Urbano Duarte, Quinta da Portela, Pinhal de Marrocos e Pedro Nunes da Ciclovia de Coimbra têm um custo estimado de 743.982,20 euros (c/IVA). Resta agora aprovar os projetos de execução dos troços do Vale das Flores e da Av. de Conímbriga que apontam para um custo global estimado de 929.863,82 euros (c/IVA).

O troço do Vale das Flores desenvolve-se entre a margem do rio Mondego, nos terrenos que existem debaixo do viaduto da ponte Rainha Santa Isabel, atravessando a Rua Dom Pedro de Cristo, passando pelo Centro de Saúde do Bairro Norton de Matos e acompanhando a Av. Mendes da Silva do lado norte até à rotunda com a Rua Luís A. Duarte Santos. Aqui, segue para norte, partilhando o passeio com a Rua Augusto Marques Bom até ao Parque Linear do Vale das Flores, onde liga à ciclovia aí instalada.

Trata-se de um percurso ciclável independente da via de circulação, acompanhando ou partilhando os percursos pedonais existentes ou a serem criados neste local.

O projeto prevê, ainda, para além da criação dos percursos cicláveis, a construção de uma nova passadeira pedonal semaforizada na Av. Mendes Silva (potenciando a ligação à Rua do Vale das Flores e ao centro comercial e procurando oferecer uma nova solução de atravessamento em segurança), a instalação de novas redes de iluminação em partes dos percursos, o reforço da vegetação adequada aos diferentes locais, nomeadamente na zona ribeirinha, trabalhos de erradicação de espécies invasoras e plantação de taludes intervencionados com outras espécies adequadas e preferencialmente autóctones.

O projeto de execução inclui um investimento estimado de 645.647,69 euros (já com IVA).

Já o troço de ciclovia a executar ao longo da Av. de Conímbriga vai garantir a ligação entre o atravessamento ciclável da ponte Açude (tabuleiro inferior) e a ponte de Santa Clara, ao longo da margem esquerda do rio Mondego. Um troço que beneficia de vistas belíssimas sobre o casco antigo da cidade alta e que é, atualmente, um percurso muito usado por peões no acesso ao Estádio Universitário, à Escola C+S Silva Gaio e aos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), existentes ao longo da avenida.

A intervenção prevê dar continuidade à pista ciclável que existe ao longo do muro do rio, sendo necessárias reparações pontuais no troço existente e iluminação pública de toda a sua extensão.