A Câmara Municipal de Coimbra apresentou um conjunto de medidas cujo objetivo é aumentar a resiliência do território aos incêndios florestais e sensibilizou a população do concelho para a limpeza dos terrenos.
Na conferência de imprensa, que decorreu na Mata Nacional de Vale de Canas, participaram o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, o vereador do Ambiente, Proteção Civil e Bombeiros, Carlos Lopes, o comandante da Companhia Municipal de Bombeiros Sapadores de Coimbra, Paulo Palrilha, e o Coordenador Regional do Centro da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Florestais, Rui Xavier. A Divisão de Saúde e Ambiente bem como a Divisão de Espaços Verdes e Jardins da CM de Coimbra também participaram na conferência de imprensa que contou ainda com a presença dos presidentes de junta de Torres do Mondego, Santo António dos Olivais e União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades, Paulo Cardoso, Francisco Rodeiro e Luís Correia, respetivamente.
A autarquia decidiu, assim, ativar uma intervenção na zona de interface entre o núcleo urbano e a floresta, que prevê, entre outros aspetos, a requalificação da rede viária florestal, criando condições de acesso seguro às forças de segurança e repondo os caminhos degradados. A primeira fase da intervenção incidiu já sobre sete quilómetros de caminhos florestais, cerca de dois quilómetros de faixa de proteção e cerca de 15 hectares de terrenos. Importa sublinhar que Coimbra possui uma estratégia municipal de defesa da floresta contra incêndios, baseada no seu Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), que sofreu a última revisão em 2018. E, segundo o último relatório de execução do PMDFCI, apenas 5,45% da área a intervencionar em 2021 foi sujeita a ações de aumento da resiliência do território aos incêndios florestais.
Previstas estão ainda ações de sensibilização em seis freguesias: Torres de Mondego, Santo António dos Olivais, União das Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades, Ceira e Brasfemes. A primeira ação vai decorrer na freguesia das Torres do Mondego, já no próximo dia 5 de julho, pelas 18h00, na sede da Junta de Freguesia.
O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, relembrou que “a floresta constitui um recurso natural de grande importância para Coimbra, pois representa cerca de 48% da área do concelho”, para além de suportar atividades económicas e disponibilizar um conjunto de serviços ambientais de expressiva significância: controlo de cheias, combate á erosão, sumidouro de carbono ou suporte à biodiversidade e às atividades de conservação da natureza, do turismo e do lazer. José Manuel Silva relembrou ainda que a floresta está, no entanto, exposta aos riscos associados a incêndios florestais e à sua “potencial intensificação decorrente dos cenários de alterações climáticas, do abandono das atividades de gestão por parte dos proprietários ou mesmo da utilização de espécies florestais exóticas, com crescimento rápido que alteraram o coberto florestal primitivo baseado em múltiplas espécies autóctones”.
