O projeto GOLL, promovido pelo Município de Coimbra, é um projeto piloto do novo programa europeu designado “Desporto, Pessoas e Planeta”. Foram aprovados apenas cinco projetos no âmbito deste programa em toda a Europa e o projeto da CM de Coimbra foi o único português eleito e foi aquele que conquistou o maior financiamento.
Cofinanciado pela Comissão Europeia durante 18 meses – decorrerá este e no próximo ano -, com um investimento global de aproximadamente 500 mil euros, o GOLL é baseado numa visão da intervenção pública, alicerçada na interação entre o ambiente e os demais setores da sociedade, designadamente entre o ambiente e o desporto, através da adoção de práticas ambientais pela população desportiva, inspiradoras de uma sociedade ambientalmente responsável e sustentável.
Presente na conferência de imprensa de apresentação do projeto, o presidente da CM de Coimbra manifestou o seu regozijo pela conquista deste “projeto extraordinário para Coimbra”, que mostra já a ação e a visão do atual Executivo relativamente à área do Ambiente. José Manuel Silva agradeceu publicamente às várias equipas municipais envolvidas na preparação deste projeto e sublinhou, mais uma vez, a importância da criação do Departamento do Ambiente na nova estrutura orgânica municipal. Por sua vez, o vereador Carlos Matias Lopes denotou a “simbiose entre o Ambiente e o Desporto” que permitiu chegar a este projeto que vai permitir para uma melhor “sensibilização ambiental”.
“Com este projeto, para além de se pretender a promoção de uma consciência ambiental dos cidadãos através do Desporto, pretende-se transformar o Pavilhão Municipal Multidesportos Mário Mexia e o Centro Olímpico de Piscinas Municipais em laboratórios desportivos verdes que sirvam de referência ao mundo do desporto, de modo a apresentar boas práticas para melhorar a sustentabilidade ambiental das atividades desportivas”, refere a autarquia em nota.
“Alguns exemplos passam por medidas de eficiência hídrica e energética; aposta em energias renováveis, que o tornem um espaço de aprendizagem de educação para a sustentabilidade (atletas, estudantes ou turistas); colocação de “Green Walls”; instalação de uma estação solar; gestão de resíduos; ou ainda domótica, para controlar consumos de energia, de luz e de temperatura com monitorização em tempo real e remota”, destaca.
No âmbito do GOLL, “vai promover-se a criação de uma Comunidade de Energia com o envolvimento de associações de cidadãos, bem como de entidades e de empresas que, juntas, possam construir estruturas para produzir e compartilhar energia renovável, com vantagens para o meio ambiente e benefícios económicos e sociais”. “Vão ainda ser designados embaixadores do Desporto, essenciais para esta tarefa de consciencialização ambiental e vai ainda apostar-se no trabalho com atletas e treinadores (olímpicos/internacionais) para disseminar comportamentos ambientais mais sustentáveis neste modelo de gestão ambiental que se quer replicar no concelho e na região”, conclui.