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Câmara de Coimbra preocupada com corte de verbas do Governo para a cultura

Presidente e vereadora da Cultura reuniram com agentes culturais da cidade

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, e a vereadora da Cultura, Carina Gomes, reuniram hoje com as estruturas culturais da cidade que ficam de fora do programa de apoios anunciados pela Direção-Geral das Artes.

Neste encontro com O Teatrão, A Escola da Noite, a Orquestra Clássica do Centro e a Encontros de Fotografia, Manuel Machado reclama “um olhar diferente para toda esta estratégia que arrasa com os agentes culturais de uma cidade como Coimbra”.

 Na sequência dos resultados provisórios do Programa de Apoio Sustentado às Artes 2018-2021, da Direção-Geral das Artes, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra promoveu uma reunião com as quatro estruturas gestoras de equipamentos culturais municipais de Coimbra que viram os seus projetos excluídos deste financiamento.

Manuel Machado, ainda segundo a nota de imprensa da autarquia, partilhou a sua “preocupação” com os agentes culturais, perante esta avaliação, e garantiu que já apelou ao Governo para “uma decisão sensata nesta matéria”.

“Não nos conformamos com os resultados que o júri apresenta, porque eles são infundamentados, injustos e preconceituosos”, salientou o autarca, destacando a importância do trabalho destas entidades na promoção da cultura e na valorização da cidade.

“Acompanhamos as companhias de Teatro, a Orquestra Clássica do Centro e o Centro de Artes Visuais [Encontros de Fotografia] nas reclamações que vão apresentar”, pois “estes apoios são justificados e merecidos e estão a ser tratados de forma ostensivamente hostil e a colocar em causa o que vale esta cidade”, destacou Manuel Machado.

Na reunião as entidades denunciaram erros processuais e de avaliação, garantiram que os recursos são insuficientes, que não está a ser valorizado o trabalho de gestão e programação de equipamentos culturais municipais e que os critérios de atribuição de apoios por regiões comprometem a coesão territorial do país. Nesse âmbito, e tendo em conta o processo de descentralização em curso, um novo modelo deverá prever um reforço da participação dos Municípios por forma a corrigir verdadeiramente as assimetrias regionais.

“A Câmara Municipal de Coimbra tem reconhecido e valorizado o trabalho desenvolvido por estas estruturas, pelo que estas decisões são uma desconsideração pelo apoio, investimento e confiança que a autarquia tem depositado nestes agentes culturais para gerirem e programarem os equipamentos municipais”, refere a autarquia.

Tendo já sido anunciado pela Direção-Geral das Artes um reforço de verbas para os concursos do Programa de Apoio Sustentado às Artes 2018-2021, “aguarda-se agora a reversão da decisão provisória”.