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Câmara de O. Hospital acusa EDP de poluir água da rede pública

O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino

O presidente do Município de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, insurge-se contra uma intervenção feita, no domingo, pela EDP – a montante da Estação de Tratamento de Águas (ETA) da Nossa Senhora do Desterro –, que está a criar vários constrangimentos ao nível do abastecimento de água às populações dos concelhos fornecidos pela empresa Águas do Vale do Tejo.

“Esta intervenção da EDP, feita sem qualquer aviso prévio, teve um impacto muito negativo na ETA que abastece três concelhos e tem-se registado um grande aumento da turvação na água bruta, condicionando por isso a capacidade de produção de água”, explica o autarca.

“Não compreendemos como é que a EDP, sabendo da vulnerabilidade a que se encontram sujeitos estes territórios, em consequência dos incêndios de 15 de outubro, realiza uma intervenção deste tipo sem efetuar qualquer comunicação, obrigando-nos agora a socorrer-nos de camiões cisternas dos bombeiros para tentarmos garantir o fornecimento de água potável à população”, frisa José Carlos Alexandrino.

O autarca eleito pelo PS refere também que esta situação ocorreu precisamente numa altura em que a região foi afetada por uma severa onda de calor, o que juntamente com o aumento da população, que habitualmente se regista por esta altura do ano em Oliveira do Hospital, “gera sempre elevados consumos de água”.

Explicando que a empresa Águas do Vale do Tejo e o Município de Oliveira do Hospital estão a realizar todos os esforços no sentido de minimizar os constrangimentos de abastecimento de água potável às populações, José Carlos Alexandrino apela para que durante o verão – e especialmente nestes dias – seja feito um consumo moderado e responsável da água de abastecimento público.