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Câmara de Penacova crítica encerramento do balcão do Santander no Lorvão

O balcão de Lorvão do banco Santander vai encerrar em dezembro.

A decisão foi anunciada pelos responsáveis do banco à câmara municipal e junta de freguesia de Lorvão na última terça-feira.

Tanto a câmara de Penacova, quanto a junta de freguesia de Lorvão repudiam esta decisão de encerrar o único balcão de uma instituição bancária que existia na vila de Lorvão, sublinham em nota as autarquias.

Para estas autarquias é uma decisão que contraria os princípios da coesão social e do desenvolvimento sustentável do território.

Para o presidente da junta de freguesia de Lorvão, Mário João Escada, “é uma perda muito grande para a freguesia, sobretudo para a população mais idosa, que ainda recorre ao balcão. Na reunião em que nos chamaram para comunicar a decisão, foi-nos dito que a atividade do balcão até estava a crescer. Isto foi-nos transmitido como um ato consumado, sem margem para negociar e sem pensar nas populações. É lamentável!”

O presidente da câmara de Penacova, Álvaro Coimbra repudia este anúncio que assenta na lógica dos números e esquece as pessoas – “em territórios como o nosso, com uma franja muito alargada de população sénior, o balcão físico continua a fazer sentido. As pessoas em geral, mas sobretudo as mais idosas, continuam a dar grande valor aos serviços de proximidade. Ao invés de encerrarem serviços, estas instituições bancárias deveriam dar um sinal a estas populações de que estão ao seu lado, tal como elas foram fiéis ao seu banco durante anos e anos”.

O autarca critica a decisão do Santander em fechar as portas do balcão de Lorvão, no próximo mês e relembra uma missiva do banco recebida recentemente na câmara que, na sua génese, apelava, precisamente ao contrário – “nas habituais cartas de felicitações que se enviam após os atos eleitorais, recebi uma carta da Comissão Executiva do Santander que dizia o seguinte: “Acreditamos no poder da colaboração e da proximidade”.

”Desejamos um mandato (…) com mais oportunidades, maior coesão social e um desenvolvimento sustentável que valorize tanto as pessoas como o território. O Santander está empenhado em ser parte ativa desta caminhada”, salienta.

“Com o encerramento do balcão de Lorvão, o banco Santander está a fazer, precisamente, o oposto do que defendeu naquela carta! Lamento profundamente que assim seja!”, rematou Álvaro Coimbra.