A Câmara de Coimbra apresentou hoje, dia 27 de setembro, no âmbito das comemorações do Dia Mundial de Turismo, a Estratégia para o Turismo de Coimbra.
O documento “traça as orientações estratégicas para o desenvolvimento turístico da cidade nos próximos três anos e propõe, entre outras medidas, a criação de um Coimbra Card, de um Museu da História da Cidade, de um espaço de criação artística, o reforço da sinalética turística e da rede WiFi, e a criação e afirmação da marca Coimbra”, diz em nota a autarquia.
O evento de apresentação decorreu no Convento São Francisco e incluiu uma mesa-redonda de debate sobre a estratégia de desenvolvimento turístico de Coimbra.
A apresentação da Estratégia para o Turismo de Coimbra, que foi apresentada hoje, por ocasião do Dia Mundial do Turismo, “marca o ponto de viragem no Turismo de Coimbra. O documento, desenvolvido pela Divisão de Turismo da CM de Coimbra, em colaboração com uma empresa de consultoria especializada, traça objetivos estratégicos para afirmar Coimbra como destino turístico atrativo e inovador, no contexto nacional e internacional, e enumera as ações que a Divisão de Turismo tem vindo a implementar, no sentido de contribuir para uma maior dinâmica e notoriedade do destino turístico”, sublinha.
A sessão de abertura foi assegurada pelo vice-presidente da CM de Coimbra, Francisco Veiga, responsável pelo pelouro do Turismo, e o encerramento coube ao presidente da Câmara, José Manuel Silva.
Depois da apresentação da estratégia, decorreu uma mesa-redonda, moderada por Filipe Carvalho, da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, que contou com a participação de António Fontes, especialista em planeamento e estratégia turística, Armando Carvalho, com experiência na afirmação de marcas territoriais com base em redes colaborativas e Elisabeth Kastenholz, especialista em marketing e estratégia turística.
O plano está assente em cerca de 70 ações e atividades organizadas de acordo com cinco eixos estratégicos, designadamente Coimbra e Património, Coimbra e Eventos, Comunicação e Promoção, Capacitação e Inovação.
A proposta de implementação destas ações assenta em três âmbitos: as que estão já em desenvolvimento pela Divisão de Turismo, aquelas cuja implementação está a ser preparada e que serão lideradas pela Divisão de Turismo e as que necessitam de apoio e articulação com os agentes económicos e turísticos de Coimbra, bem como outras entidades.
São indicadas diversas ações para cada eixo estratégico. No primeiro eixo, Coimbra e Património, destaque para a proposta de criação de um cartão único de visitante – Coimbra Card – que agregue a oferta turística da cidade (entrada em museus, espaços culturais e experiência de fado de Coimbra, entre outras), à semelhança do que sucede em Londres e Barcelona. Ainda neste capítulo, menção à criação de um Museu da História da Cidade, com recurso à interatividade digital.
Já relativamente ao segundo eixo, Coimbra e Eventos, propõe-se a criação de um espaço de experimentação cultural/musical/artística para novos talentos e integração dos mesmos na agenda cultural da cidade, assim como a uma aproximação a promotoras nacionais e internacionais para a realização de eventos desportivos, concertos ou outros espetáculos culturais. No que diz respeito ao terceiro eixo, Comunicação, o estudo aponta a necessidade da criação da marca Coimbra e o reforço da sinalética com informação turística, assim como a colaboração com influenciadores digitais para promoção do território.
No quarto eixo, Capacitação, uma das propostas passa pela criação de programas de voluntariado jovem na época do Verão, onde os participantes colecionam horas de trabalho e possam depois trocá-las por vantagens em eventos ou entradas em espaços. Por último, no eixo Inovação, o estudo aponta, entre outras medias, para o reforço da qualidade e da cobertura de rede WiFi gratuita da cidade e na candidatura de Coimbra a European Capital of Smart Tourism – União Europeia.
No estudo são apontados como pontos fortes de Coimbra a diversidade e a riqueza do património material e imaterial, classificado pela UNESCO, um ecossistema empreendedor altamente competitivo e ativo e infraestruturas diversificadas para eventos culturais, de entretenimento e desportivos. Por outro lado, são indicados como aspetos menos positivos as dificuldades na criação de novos itinerários e pacotes turísticos, o baixo nível de inovação na experiência turística e a sinalização e informação turística no contexto urbano.
“Recorde-se que as principais conclusões do Plano de Ação Turístico, para o triénio 2023-2025, foram apresentadas na reunião de Câmara do passado dia 4 de setembro e que a estratégia já foi apresentada e debatida com agentes turísticos, no passado dia 14 de setembro, em reuniões que decorreram na Casa Municipal da Cultura. Essa sessões foram presididas e dinamizadas pelo vice-presidente da CM de Coimbra, Francisco Veiga, e pela consultora externa Ana Moita Francisco que apoia a Divisão de Turismo, e estiveram presentes agentes sediados em Coimbra, com registo de alojamento (empreendimentos turísticos e alojamento local), de animação turística e de agência de viagens e turismo”, refere a concluir.