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Candidatos a deputados do Bloco de Esquerda por Viseu visitaram Rede de Monumentos do Vale do Varosa

A candidatura do Bloco de Esquerda à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Viseu visitou o Mosteiro de São João de Tarouca, o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas e a Ponte Fortificada de Ucanha, parte da Rede de Monumentos do Vale do Varosa, no concelho de Tarouca.

Na visita foi “possível aferir quais as necessidades mais prementes para a valorização, dinamização e aproximação das populações a um património que na verdade lhes pertence”, diz o BE em nota. 

“A desregulação laboral e a desproteção social dos trabalhadores é um dos problemas estruturais do setor cultural, mas não o único. Nos últimos vinte anos, as políticas públicas para a Cultura sofreram uma estagnação, tanto orçamental como teórica, com as suas atividades nucleares – património, arqueologia e artes  – convertidas em adereço promocional da iniciativa turística e imobiliária. Faltaram políticas públicas que permitissem concretizar a democratização do acesso à cultura, ao património e à criação artística”, adianta.

“Respondendo às exigências que atualmente se impõem aos equipamentos museológicos, seria fundamental o reforço dos recursos humanos, salvaguardando que cada um contasse com um Técnico Superior que, em coordenação com uma equipa, poderia efetivamente responder ao potencial cultural de monumentos e equipamentos como os que existem no Vale do Varosa”, sublinha ainda o BE.

Segundo o Bloco, existe a “necessidade da valorização da carreira dos Assistentes Técnicos é outro ponto que se poderia revelar essencial para a dignificação dos equipamentos culturais, museológicos e patrimoniais, a par da dignificação de quem trabalha em horários que muitas vezes representam grandes sacrifícios para a sua vida pessoal”.

“Também a forma como é garantida a intervenção para requalificação de património deve ser revista. Estando a requalificação patrimonial em grande parte dependente de fundos comunitários, é fonte de preocupação a capacidade de manutenção regular e preventiva, por não existir um fundo permanente que o permita. Isto tem como consequência que intervenções que poderiam ser muito simples, se realizadas de forma imediata, se tornem mais difíceis e dispendiosas com o tempo”, conclui o BE.