O Programa Regional de Ordenamento do Território da Região Centro (PROT Centro), da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, propõe, entre outras, uma ligação com perfil de autoestrada entre Coimbra e Viseu.
Segundo a CCDR Centro “em primeiro lugar, é necessário colmatar as lacunas do sistema viário e garantir um acesso eficiente da região aos transportes aéreos e marítimos”.
Desta forma é fundamental “densificar as ligações transversais entre os eixos rodoviários norte-sul, em particular através da construção, o mais brevemente possível, da autoestrada Coimbra-Viseu e do IC31 (em perfil de autoestrada), que liga a A23 a Monfortinho, seguindo para Moraleja e para a Autovia del Norte de Extremadura (EX-A1), que continua até Madrid”.
É também “importante completar o IC6 (troço Oliveira do Hospital – Covilhã), qualificar as ligações de Oliveira do Hospital e Seia com Nelas e Celorico da Beira, qualificar o IC8, em particular o troço entre o Avelar e Pombal, conectando a A17 e a A23 e permitindo uma ligação eficiente entre Coimbra e Castelo Branco”.
Defende ainda uma “ligação ferroviária eficiente à rede de caminhos de ferro de Espanha, um desígnio vital quando se perspetiva a transferência de grande parte do tráfego rodoviário para o modo ferroviário. Esta ligação deve incluir duas componentes fundamentai como o transporte de mercadorias, através da modernizada da linha da Beira Alta, com requisitos técnicos para a circulação de comboios elétricos de 750 m, ligando o Porto de Aveiro à linha do Norte até Vilar Formoso e seguindo até à fronteira francesa e Madrid”.
Para a CCDR Centro esta linha deve contar com estações preparadas para a transferência intermodal de mercadorias, atendendo às áreas industriais da sub-região Viseu Dão Lafões, bem como à transferência de mercadorias provenientes da linha da Beira Baixa; transporte de passageiros e eventualmente de mercadorias, através de uma linha a construir que ligue Aveiro, Viseu, Guarda e Vilar Formoso, cruzando com a futura LAV nas imediações de Albergaria-a-Velha.
Considerando ainda que a linha deve ser compatível com a rede espanhola de alta velocidade, o que implica garantir uma ligação de Vilar Formoso/Fuentes de Oñoro a Salamanca e ao nó Olmedo/Medina del Campo, onde a linha proveniente de Madrid se bifurca para a Galiza e para a ligação, em fase de construção, ao País Basco e a França. A linha deverá também permitir o trânsito de mercadorias.
Aponta também uma “rede regional de aeródromos (selecionada com base nas infraestruturas já instaladas ou previstas em Viseu, Covilhã, Castelo Branco, Seia, Lousã, Coimbra, Leiria e Aveiro/S. Jacinto, ou previstas), de dimensões diversas especializados em valências específicas: combate aos fogos florestais, voos charter ou carreiras low cost para destinos turísticos especiais, entre outras”.