CentroTV

CDOS de Viseu faz balanço positivo do combate aos fogos apesar de área ardida elevada

Apesar de ter sido o sétimo distrito a nível nacional com maior área ardida, em 18 distritos, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu faz um balanço “extremamente positivo pela forma eficiente, serena e organizada como decorreram as variadíssimas operações e outras atividades”, incluindo naturalmente a época de incêndios florestais e o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) 2016.

“De facto, e contrariando a ideia que a Proteção Civil só trabalha nos meses de verão, o CDOS Viseu, em 2016, coordenou as atividades de 65.487 ocorrências que envolveram 181.625 operacionais e 78.462 viaturas”, refere o CDOS em comunicado.

Quanto aos incêndios florestais, no distrito de Viseu e num verão caracterizado por condições meteorológicas muito severas, registaram-se 1157 incêndios que envolveram 28130 operacionais e 6944 viaturas e que resultaram em cerca de 18.000 ha de área ardida, sendo que metade diz respeito ao incendio de São Pedro do Sul, com origem em Arouca distrito de Aveiro.

“Tendo sido dos anos com menos incêndios florestais registados, os valores da área ardida são o resultado da maior violência e complexidade com que atualmente estes acontecem, devendo-se, no entanto, sublinhar que o principal objetivo foi integralmente cumprido: ZERO baixas nos operacionais envolvidos”, frisa ainda o CDOS de Viseu.

Recorda que em anos anteriores similares, como em 2003 – registaram-se 21 mortos (4 bombeiros e 17 civis), em 2005 – 22 mortos (12 bombeiros e 10 civis), em 2010 – 4 bombeiros mortos e em 2013 – 9 mortos (8 bombeiros e 1 civil).

Os concelhos mais afetados foram Cinfães, com 244 ignições, Viseu com 165 ignições e Castro Daire com 114 ignições, a que correspondeu 4.500 ha, 970 ha e 610 ha de área ardida, respetivamente.

Os três maiores incêndios verificaram-se em São Cristóvão de Nogueira/Cinfães, com 796 ha, Couto de Baixo/Viseu, com 734 ha e Senhorim/Nelas com 725 ha, excluindo os 9.000 ha de S. Pedro do Sul.

No que respeita ao DECIF 2016 e a exemplo do ano passado, Viseu constituiu o maior dispositivo a nível nacional, tendo atingido o seu auge no mês de Agosto, com disponibilidade diária e permanente de 64 Equipas de Combate a Incêndios (ECIN) e 18 Equipas Logísticas de Apoio ao Combate (ELAC), num total de 356 operacionais/bombeiros e 82 viaturas.

Com os elementos do GIPS/GNR e Equipas de Sapadores Florestais e outros Agentes de Proteção Civil (APC), mobilizou diariamente um total de 740 operacionais, 125 equipas e 160 viaturas.

Destaque ainda este ano para o “excecional empenhamento e capacidade de mobilização dos Bombeiros do distrito de Viseu, que para além do difícil e complexo combate aos incêndios florestais no nosso distrito, conseguiram prestar apoio a outros distritos (Guarda, Vila Real, Braga, Coimbra, Bragança, Viana do Castelo e Algarve), através da organização e envio de treze (13) Grupos de Reforço a Incêndios Florestais (GRIF), que envolveram 420 bombeiros e 120 viaturas”.