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CDS não se faz representar na celebração simbólica do 25 de abril em Oliveira do Hospital

O CDS-Partido Popular de Oliveira do Hospital não se irá fazer representar na celebração simbólica no dia 25 de Abril pelas 12h00, no exterior do edifício dos Paços do Município.

“Esta tomada de posição deve-se somente ao tempo de isolamento social e confinamento que tem sido pedido a todos os Portugueses nos últimos tempos face à situação pandémica do Covid-19”, refere o CDS oliveirense.

“Achamos que numa altura onde não se podem abraçar pais, netos ou sequer avós, numa altura onde não nos podemos despedir de forma digna nem sequer de acompanhar os nossos entes queridos até à sua última morada, numa altura onde celebrações católicas importantes como a Páscoa e a bênção “ Urbe et Orbi “ foram celebradas e adaptadas, e bem, à distância: o máximo que nós como representantes políticos podemos fazer é dar o exemplo. Exemplo esse que consideramos ser dado de forma assertiva através do assinalar por meio de um vídeo interventivo pelo nosso representante, João Pais, tal como nos foi pedido pela CMOH, mas não através de actos presenciais”, revela o partido.

O conceito de liberdade, em pleno Estado de Emergência “significa o mesmo para todos, não consideramos que haja portugueses mais livres ou menos livres que outros, principalmente no que concerne a assinalar esta data em questão conforme a vontade de cada um. Não existem portugueses de primeira e portugueses de segunda”, frisa.

Acrescentando que “existe, sim, uma Nação que deve agir em concordância com a regras de distanciamento social, existe uma Pátria que dia após dia faz esforços para que num amanhã mais breve estejamos todos reunidos, existe um povo trabalhador e unido que luta diariamente pelo interesse do bem-estar público e um rápido regresso à normalidade”.

No entender do CDS “cabe-nos a nós, partidos e demais representantes políticos, representar a população Oliveirense com a responsabilidade e humildade que um momento deste nos exige: demostrando assim, que neste barco nos encontramos todos e remaremos para o mesmo lado, com as mesmas regras a cumprir”.

“Afirmamos ainda que, mais do que ontem, é importante provar que a classe representativa dos Oliveirenses não se encontra distante, que que a compreende, mas acima de tudo que a respeita. Foi uma enorme tristeza para todos os Oliveirenses terem ficado privados da Páscoa, data que, a par da época natalícia, é ancestral, e portanto vivida de forma mais significativa, para as famílias que se reúnem e estão juntas, de visitar e ser visitados por todos os seus entes mais queridos, mas as ordens foram acatadas de forma exemplar e um enorme numero de pessoas celebrou a Páscoa apenas com aqueles que habitam em sua casa, ou mesmo sozinhos”, sublinha.

Na opinião dos centristas “é bom não esquecer que a família é a célula basilar da sociedade, é sob as famílias que se constrói o município e o país e, se privamos as famílias de estarem juntas nesta altura (e com razão), para apenas duas semanas depois irmos quebrar o protocolo para assinar a revolução de 1974, não nos é possível enxergar que tipo de liberdade estaremos a celebrar”.

“Achamos de uma tremenda hipocrisia que se desrespeite todo aquele que tem sido o sacrifício dos portugueses, e em especial dos oliveirenses, que têm sido privados, em muitos casos, de valores mais básicos da liberdade, inclusive, por parte do governo central, ao não disponibilizar os dados reais da pandemia amordaçando os delegados de saúde de cada município, para agora ir celebrar a liberdade que tem sido, e de que maneira, posta em causa por alguns dos intervenientes políticos que agora a celebram, prova viva de que mais do que celebrar a liberdade de ontem, devemos assegurá-la â nação e aos seus compatriotas os restantes 364 dias do ano”, salientam.

“Lamentamos, desta feita, que o executivo municipal, ao contrário daquilo que se esperava num primeiro momento quando nos foi pedida uma intervenção por nós gravada para transmitir aos munícipes por forma a respeitar as regras do Estado de Emergência, decida agora avançar com uma cerimónia que apenas lança à irrisão o povo oliveirense e tinge com mácula os seus sacrifícios”, afirma ainda o CDS oliveirense.