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CDS Oliveira do Hospital considera apresentação de candidatos autárquicos do PS “claro atropelo democrático”

CDS de Oliveira do Hospital considera apresentação, esta tarde, dos cabeça-de-lista às eleições autárquicos do PS,  sem auscultação da comissão política, um “claro atropelo democrático”.

“A comissão política concelhia do CDS-Partido Popular vem por este meio revelar a sua mais profunda consternação na sequência da conferência de imprensa do presidente concelhio do Partido Socialista oliveirense”, adianta em comunicado enviado à CentroTV.

“Estendemos, desde já, a nossa solidariedade a todos os simpatizantes e dirigentes socialistas concelhios que se vêem capturados neste exercício de prepotência com que foram brindados esta tarde, sendo, de resto, questionável partidariamente a própria actuação em si mesma das chefias socialistas, num atropelo pela própria hierarquia orgânica local”, referem os centristas.

Considerando que foi “pública, e clara, a sonegação e obliteração de um importante processo- como o da escolha dos vários candidatos a uma eleição autárquica-, de variadíssimos dirigentes, militantes e simpatizantes socialistas, tendo o presidente dos socialistas oliveirenses assumido, publicamente perante os jornalistas e comunicação social presentes, que a decisão agora anunciada- mas há muito sabida- teve como base a exclusão da comissão política concelhia socialista, que, salvas as devidas diferenças estatutárias partidárias, é o órgão directivo alargado, e portanto soberano, do partido, localmente falando, para tomar este tipo de decisão”.

Para os centristas “não temos como não concluir que o triste espectáculo mediático promovido hoje pelo Partido Socialista, constitui um claro atropelo democrático a vários oliveirenses como nós, independentemente da crença socialista que deles nos separa”.

O Partido Socialista veio à “praça pública apresentar os cabeças-de-lista para as eleições autárquicas deste ano num tom mais de nomeação para cargos do que propriamente de candidaturas democrática, fazendo transparecer toda a prepotência a que esta estrutura já nos tem habituado. Será a ansiedade e o medo das chefias socialistas que precipitaram tal comportamento autoritário? Ou será apenas a transposição das práticas que se vão registando sucessivamente nas várias Assembleias Municipais e noutros órgãos autárquicos locais?”

“Seja como for, não encontramos justificação racional possível para a gravíssima violação dos princípios democráticos a que assistimos hoje. Será este o modelo democrático que o Partido Socialista propõe para o concelho de Oliveira do Hospital?”, afirma o CDS.

“Se é, tranquilizamos desde já os oliveirenses que terão no CDS-PP uma instituição irredutivelmente democrática, e que, mais ainda a partir de hoje, está consciente das suas responsabilidades na construção de uma alternativa política credível a esta gestão pífia dos destinos oliveirenses com a qual vamos convivendo nos últimos largos anos, e agora cada vez mais evidente”, frisam.

A concluir: “Queremos, por isso, alertar também o PS oliveirense, quiçá contribuindo ainda mais para o seu desnorte evidente, que o CDS-PP dará uma energética resposta autárquica às escolhas hoje anunciadas. Isto, claro, se estas forem ractificadas pelos órgãos próprios do próprio Partido Socialista, ficamos a aguardar pela unanimidade prometida hoje pelo seu dirigente máximo, que hoje pareceu inaugurar uma espécie de participação democrática por via da delegação dos seus correligionários garantindo com confiança cega que, independentemente de os ter auscultado ou não, estes sufragarão de forma unânime e uniforme as escolhas de grupo fechado feitas no entretanto”.