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CDS questiona Governo sobre embarcação salva-vidas de grande capacidade do porto da Figueira da Foz

Num requerimento enviado esta sexta feira ao ministro da Defesa Nacional, o deputado do CDS João Gonçalves Pereira quer saber qual o motivo do atraso na reparação da embarcação salva-vidas de grande capacidade do porto da Figueira da Foz, que está inoperacional há oito meses, e se a Autoridade Marítima Nacional tem condições de assumir o custo da reparação.

João Gonçalves Pereira questiona depois o ministro sobre “quais são as alternativas existentes no porto da Figueira da Foz se for necessário um salvamento de longa distância, e por fim quando prevê a tutela que a embarcação esteja de novo operacional”, refere o CDS em nota de imprensa.

Através da agência Lusa, o capitão do Porto da Figueira da Foz manifestou há poucos dias a sua preocupação pelo facto de desde há oito meses o porto estar sem o salva-vidas de grande capacidade do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), utilizado principalmente em salvamentos a longa distância.

De acordo com declarações citadas pela agência, a embarcação salva-vidas saiu de serviço em dezembro de 2019, depois de ter partido uma hélice num presumível embate nos restos de um tronco de árvore arrastado pelas cheias do Mondego.

“A reparação está a decorrer, mas o processo está demorado, e não se conhece ainda o prazo para que esteja concluído”, adianta.

Apesar de o verão ser uma época tradicionalmente de mais gente nas praias e no mar, as preocupações do capitão do porto prendem-se sobretudo com o aproximar do inverno, quando a embarcação avariada tem mais vantagens, principalmente em salvamentos de longa distância, até cerca de 90 km da costa (50 milhas).

O ISN da Figueira da Foz possui outra embarcação vocacionada para operações costeiras e motos de água, todos operacionais.

De acordo com a peça da Lusa, citada pelo CDS, a justificação para o atraso na reparação da embarcação poderá “residir no elevado custo – alguns milhares de euros –, o que alegadamente ultrapassa a disponibilidade financeira do departamento marítimo do Norte e terá, por isso, que ser assumido a nível central pela Autoridade Marítima Nacional”.