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CDS repudia palavras do presidente da Câmara de O. Hospital durante uma missa

O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino

A concelhia do CDS-Partido Popular de Oliveira do Hospital repudia o recente comportamento do presidente deste executivo socialista, no passado fim-de-semana.

“Ao utilizar a eucaristia dominical em Ervedal da Beira para fazer aquilo que, no entender do CDS-PP, é pura propaganda política, o presidente no município personificou aquele que vendo sendo apanágio de há anos a esta parte por este executivo- que em conformidade com este comportamento abusivo já não se livra, de resto, do cognome de executivo das festas e romarias nos dizeres do povo oliveirense, e com alguma razão será”, adianta hoje o CDS em nota de imprensa.

“Em tempos de crise social como aqueles que ultrapassamos, aquilo que devemos esperar do excelentíssimo presidente da câmara municipal é sentido de Estado, e não oportunismo político, é capacidade de resposta e não campanha abusiva constante”, refere o partido.

Acrescentando que “apesar de não duvidarmos da competência do executivo e da forma como têm conduzido os rumos do município durante esta pandemia, parece-nos que há locais e ocasiões apropriados para deixarmos notas e informações importantes à população oliveirense, sem que com isso estas se transformem numa mensagem propagandística”.

Segundo o CDS “uma celebração dominical não é um desses locais nem ocasiões, tampouco a confusão entre política e culto religioso é bem-vinda em circunstância alguma”.

“Revestindo-se até de carácter irónico o facto de que esta missiva tenha de partir dos dirigentes concelhios do partido democrata-cristão para os fieis depositários do socialismo no concelho, que ainda não há muitas semanas, por ocasião da efeméride da revolução dos cravos deram uma prova de insensibilidade para a toda a comunidade cristã em Oliveira do Hospital, confinada e impedida de celebrar algo tão estruturante para o nosso povo como é o caso da Páscoa.”, frisam.

Já em relação à distribuição de máscaras pela população “parece-nos uma óptima medida, no entanto, reafirmamos que a informação deve ser veículo através de órgãos e instituição próprias, como é o caso da comunicação social e das Juntas de Freguesia através dos seus respectivos executivos e editais, e não através da celebração de uma homília, onde se aproveita um momento de comunhão entre os fiéis para transmitir uma acção do executivo que acaba por se consubstanciar numa sessão de auto-bajulação, publicitando a pretensa ajuda a um determinado número de famílias durante esta pandemia, no entanto, convém esclarecer que nunca foi transmitido a ninguém, nem aos deputados municipais, que famílias são essas (apesar de percebermos as questões do respeito pela privacidade)”.

“Tudo o que o CDS-Partido Popular pede é transparência, respeito pelas diferentes instituições que constituem o município e seriedade na administração do concelho”, conclui.