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CDU crítica gastos de membros da Câmara de Montemor-o-Velho em viagem a Moçambique

A CDU de Montemor-o-Velho crítica gastos de membros da Câmara Municipal em viagem a Moçambique.
“A Câmara Municipal de Montemor o Velho realizou durante 10 dias uma viagem a Moçambique, supostamente para verificar se os bens angariados na campanha ‘Montemor Por Moçambique’ tinham chegado ao destino”, adianta hoje a CDU em comunicado enviado à CentroTV.
“Não obstantes a tal campanha”, a preocupação da CDU “prende-se com a factura publicada no portal do governo que valoriza 10065 euros em alojamento e refeições para além de uma outra de 8449 euros na aquisição da referida viagem”.
Segundo os comunistas, a comitiva foi integrada por “sete elementos: Presidente da Câmara (Emílio Torrão), o Vereador Décio Matias, a Chefe de Departamento das Obras Publicas (Isabel Quinteiro), Chefe de Departamento Administrativo-Financeiro (Andreia Lopes), Coordenador do Serviço Municipal de Proteção Civil (Eng. Hélder), a Adjunta do Presidente da Câmara (Delminda Leitão) e ainda e pelo menos pela 2ª Secretária da Assembleia Municipal (Célia Craveiro, eleita pelo Partido Socialista)”.
Acrescentando que “para além deste elevado valor e o injustificado número de membros da comitiva para as necessidades que se apresentavam, ainda se deve juntar as despesas das passagens aéreas assim como as ajudas de custo que cada um dos sete usufruiu durante tal período”.
A empresa que organizou esta viagem, a “Ephasus, é a mesma empresa que supostamente tem vários negócios por ajuste directo com a câmara municipal de Santo Tirso e o IPO do Porto”.

A CDU considera “injustificável que num momento em que o concelho apresenta  problemas económicos preocupantes se gaste tanto dinheiro em viagens e em segundo lugar que se desperdice tanto dinheiro para verificar os destinos de uma campanha solidária”.

Apesar de não colocar em causa a legalidade da viagem, a CDU entende que no “plano político e ético não temos duvidas em reprovar a situação, trata-se de uma reutilização excessiva e desnecessária de fundos públicos que mais falta fariam ao investimento público necessário em Montemor ou até a ajuda humanitária em moçambique, num processo, ao que apuramos, não teve um envolvimento dos órgãos autárquicos, embora não pudéssemos tido possibilidade de confirmar fatualmente e em rigor dado que as atas das reuniões do executivo camarário são publicitadas com excessivo atraso”.