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CEOLAB de O. Hospital formalizou cooperação internacional com Brasil e África

O CECOLAB, Laboratório Colaborativo para a Economia Circular, formalizou nos passados dias 20 e 21 de abril, em Oliveira do Hospital, uma cooperação internacional com a Brazilian Circular Economy Innovation Centre e a African Circular Economy (ACEN), resultado dos trabalhos ocorridos durante a Conferência Internacional “Europe: a Knowledge & Science Bridge Towards a Global Circular Economy”.

“O evento, integrado  no programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, contou com a participação de mais de 400 pessoas/entidades de 22 países da Europa, África, Ásia, América Latina e América do Norte. O CECOLAB pretende assim, apoiar a construção para o desenvolvimento de uma agenda internacional de cooperação de conhecimento e ciência em Economia Circular”, adianta hoje em comunicado o CECOLAB.

O CECOLAB é um “laboratório colaborativo sedeado em Oliveira do Hospital, inserido no programa nacional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, denominado por COLAB. Em 2020, numa época de pandemia COVID-19, representou a criação de mais de 26 postos de trabalho científico e altamente qualificado, sendo na sua maioria jovens, tendo a previsão de alcançar, no final do ano de 2021, 40 recursos humanos altamente qualificados. O CECOLAB tem como missão o (1) desenvolvimento de atividades de colaboração entre a academia e empresas para o desenvolvimento de soluções e resolução de problemas associados à Economia Circular; e (2) o posicionamento e cooperação internacional de Portugal na área da Economia Circular.”

Esta cooperação terá como “principais áreas de trabalho recursos Naturais e bioeconomia; geração Jovem e educação; aspetos sociais e Geração de emprego. Estas possibilitaram definir 3 modelos de cooperação: i) Intercâmbio Internacional de Conhecimento; ii) Ciência e Inovação; iii) Criação de Mercados”.

Os fundos de investimento atuais na área da Economia Circular e para as Economias Verdes, como por exemplo da Fundação Bill e Melinda Gates de mil milhões de euros para as Alterações Climáticas e do KRR, no valor de mil e 300 milhões de Euros orientado para as alterações climáticas, água e gestão de resíduos, foram apresentados e analisados durante o evento. Numa análise aprofundada por José Epifânio da Franca (IST e Ex-presidente e CEO da Portugal Ventures), David Fitzsimons (Presidente do Conselho Europeu da Indústria da Manufatura) e por Henrique Vale (Diretor do FINEP), a fase crítica do processo de financiamento de tecnologias, que nascem na ciência e conhecimento até à chegada ao mercado, é a fase considerada de “midle pyramide”. Ou seja, fase de demonstração de tecnologia, anterior à fase de início de vendas para o mercado.

“Por exemplo, o FINEP é um programa de financiamento desde a investigação fundamental até a preparação do produto/serviço para o mercado, com o objetivo de promover o desenvolvimento económico e social do Brasil por meio do estímulo público à Ciência, Tecnologia e Inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas. Por exemplo, em 2020, este fundo executou 360 milhões de euros e apoiou 389 projetos”, adianta.

Nas considerações finais da conferência, o comité científico, “Paulo Ferrão (IST) – em representação de Portugal, e Beatriz Luz – em representação do Brasil e numa vertente de representação internacional, reforçaram a necessidade e importância de aumentar a cooperação científica e de conhecimento internacional entre a Europa, e outras regiões económicas, como por exemplo, a América Latina e África”.

A participação e intervenção das Nações Unidas deixou de “forma clara e evidente que a gestão global dos recursos naturais é uma prioridade, onde na vertente de África e América Latina, a Bioeconomia Circular representa a transição para uma economia eficiente em termos de recursos, mais limpa e circular, sendo cada vez mais reconhecida como uma obrigação para combater as crises ecológicas que o mundo enfrenta. A economia circular oferece oportunidades para estimular a inovação e tornar a transição mais justa, criando empregos verdes e reduzindo os impactos ambientais”, frisa o CECOLAB..

A formalização da cooperação foi alcançada no final do evento e anunciada por João Nunes (presidente do CECOLAB) e por Ana Abrunhosa (m

inistra da Coesão Territorial). João Nunes refere que a “Covid-19, é um problema global e extremamente complexo que veio demonstrar a necessidade urgente de se aumentar a cooperação global, e que o conhecimento e a ciência devem ser uma das prioridades de aposta de qualquer país e região”.