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Cerca de 400 quilos de peixes encontrados mortos no rio Mondego

João Dinis, eleito da CDU na Assembleia da União de Freguesias de Ervedal da Beira e Vila Franca da Beira, denunciou ao governo e aos vários grupos parlamentares, Presidência da República, Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital o que considera ser um “crime ambiental no troço do rio Mondego”, junto à Ponte da Atalhada.
João Dinis revela que lhe foi transmitido que os Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal e Veterinário Municipal só numa intervenção retiraram quase 400 quilos de peixe que foram enterrados.  “Terão morrido por falta de oxigénio?”, questiona.
Adianta que nos dias 10 e 11 deste mês decorreu uma “intervenção coordenada pelos SEPNA, Serviços de Protecção da Natureza e do Ambiente, da GNR de Santa Comba Dão, em conjunto com serviços da Protecção Civil da Câmara Municipal de Carregal do Sal e dos Bombeiros Voluntários desta mesma Vila, na qual foi rasgado, a fundo e próximo à margem esquerda do Mondego, um ‘Açude’ tradicional existente um pouco a jusante da Ponte da Atalhada”.
Local onde foram encontrados os peixes mortos
Segundo revela ainda o “local preciso desta intervenção já integra o concelho de Oliveira do Hospital sendo que a Câmara Municipal deste concelho não terá sido alertada, logo de início, para a intervenção em causa ou se o foi, e por assim dizer, descartou responsabilidades. Por outro lado, e por assim dizer, ninguém poderá vir argumentar que não sabia…não fomos informados”.

Acrescentando que presumivelmente a principal finalidade da intervenção no açude terá sido para “ajudar à drenagem local das águas do Rio Mondego onde jaziam os peixes mortos”.

Segundo João Dinis os peixes foram retirados já meio putrefactos, pelos Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal e foram enterrados, e cobertos com cal. “Juntinho à margem esquerda do Rio, em várzea privada nas imediações de uma nascente de água.  O proprietário desta várzea não foi tido nem achado na operação…  Só bem depois de ele próprio se ter apercebido da invasão, é que foi contactado, mas por, entretanto, ter interditado a passagem para o local por dentro da sua propriedade onde, de facto, fora perpetrado um grande abuso!”, explica, adiantando que “a justificação para aquele tipo de intervenção foi a da urgência em drenar a água e retirar os peixes”.  “Só que a situação já tinha vários dias de evidências com os muitos peixes a boiarem no Rio, mortos. Foi, digamos que, uma ‘urgência’ muito atrasada…  Por outro lado, a 16 deste mês, ainda havia muito peixe morto, à superfície”, sublinha.