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Cinco milhões de euros para estudar o risco de doenças associadas à degradação dos ecossistemas

Foto: D.R.

Uma equipa da Universidade de Coimbra (UC) lidera um consórcio que acaba de obter um financiamento de cinco milhões de euros, do programa europeu “Horizon
Europe”, para estudar a relação entre a saúde humana e a saúde dos ecossistemas aquáticos em contextos urbanos.

O financiamento agora obtido destina-se ao projeto de investigação “OneAquaHealthProtecting urban aquatic ecosystems to promote One Health”. Ao longo dos
próximos quatro anos, o consórcio, que reúne 13 parceiros de 10 países – além de Portugal, participam Espanha, França, Itália, Áustria, Suíça, Bélgica, Noruega,
Grécia e Israel –, vai estudar a ligação entre a saúde dos ecossistemas aquáticos urbanos e a saúde humana.

A líder do consórcio, Maria João Feio, investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de
Coimbra (FCTUC), explica que o objetivo do projeto é «demonstrar que a saúde dos ecossistemas de água doce e a saúde e o bem-estar humano em contextos urbanos estão altamente interligados, e que a melhoria de um resulta na melhoria do outro».

Maria João Feio

Para isso, destaca a investigadora da FCTUC, o OneAquaHealth pretende «selecionar os melhores indicadores que possam avaliar esse equilíbrio e o risco de doenças associadas à degradação dos ecossistemas ribeirinhos urbanos e da sua fauna e flora», acrescentando que o projeto visa ainda «fornecer ferramentas que permitam estabelecer as decisões mais adequadas e oportunas com base em alertas precoces e as melhores formas de gerir os ecossistemas aquáticos urbanos no contexto da saúde global nas cidades e das alterações climáticas».