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Coimbra vai ter sistema de bilhética multimodal nos transportes públicos

O executivo da Câmara Municipal (CM) de Coimbra vai analisar e votar, na sua reunião de amanhã, uma proposta de abertura de um concurso público internacional para a instalação de um sistema de bilhética multimodal nos transportes públicos.

Este sistema já foi aprovada pelo Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC). Esta operação, que tem um investimento previsto de 1,8 milhões de euros, está incluída no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Coimbra e prevê financiamento do programa operacional regional Centro 2020.

 A CM Coimbra vai abrir um concurso público internacional para o fornecimento de um sistema de bilhética multimodal, através dos SMTUC.

O objetivo é que este serviço permita a integração tarifária entre os vários modos de transporte de passageiros e operadoras da rede municipal. Para o utilizador isto significa que passará a necessitar apenas de um passe para circular dentro do concelho.

Para esta operação de integração tarifária está previsto um investimento de cerca de 1,8 milhões de euros, financiados em 85% por fundos comunitários, ficando os restantes 15% a cargo do Município de Coimbra.

O concurso público prevê a aquisição de um novo sistema de bilhética multimodal, bem como dos equipamentos necessários à sua instalação, nomeadamente, validadores, consolas de venda e validação, máquinas automáticas e manuais de prestação de contas, equipamentos de venda e carregamento, terminais portáteis para fiscalização, máquinas automáticas de venda e carregamento, entre outros equipamentos.

Recorde-se, ainda, que em setembro de 2018 a autarquia criou uma equipa de projeto que prepare o processo de instalação da Autoridade Municipal de Transportes, com vista à assunção de competências na sua área geográfica, que o Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros (RJSPTP) lhe atribui.

A Autoridade Municipal de Transportes de Coimbra terá como missão “a definição dos objetivos estratégicos do sistema de mobilidade, o planeamento, a organização, a operação, a atribuição, a fiscalização, o investimento, o financiamento, a divulgação e o desenvolvimento do serviço público de transporte de passageiros, por modo rodoviário, fluvial, ferroviário e outros sistemas guiados, incluindo o regime das obrigações de serviço público e respetiva compensação”, lê-se no RJSPTP, que elenca ainda mais de dez competências desta autoridade.

A essas, o modelo de Coimbra acrescenta “a conceção/desenvolvimento de um sistema integrado de mobilidade, correlacionando os diversos tipos de transportes (rodoviário, ferroviário, aeroportuário, percursos pedestre e cicláveis); o acompanhamento na implementação do processo metrobus, troço urbano e suburbano; coordenação e acompanhamento de processos no âmbito das “smartcities” e novas tecnologias, quer ao nível de candidaturas, quer ao nível de divulgação e dinamização junto das unidades orgânicas municipais”, lê-se na informação que foi analisada na reunião de Câmara de 24 de setembro.