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Comissão de Proteção Civil de Viseu pede suspensão das aulas presenciais

A Comissão de Proteção Cicil de Viseu pede suspensão das aulas presenciais para os alunos do 3º cicio e secundário.

“Face ao preocupante aumento do número de casos da COVID-19 no país e no concelho de Viseu, a Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) reuniu ontem para avaliar a propagação da pandemia e, em particular, o impacto da situação nos estabelecimentos escolares”, adianta a comissão em comunicado.

Adiantando que “tendo presente as recentes declarações do Senhor Primeiro-Ministro, de que “os estabelecimentos de ensino e as autoridades de saúde têm a autonomia de condicionar o funcionamento, de acordo com a situação sanitária do Concelho”, a CMPC deliberou, por unanimidade, exigir à tutela a suspensão da atividade letiva e educativa em regime presencial do 3º ciclo e ensino secundário nos estabelecimentos de ensino do concelho de Viseu, passando estes níveis de escolaridade a funcionar na modalidade de ensino à distância, por um período de 15 dias, e com posterior avaliação”.

É fundamental minimizar a transmissão comunitária ativa e aliviar a pressão existente nos Serviços de Saúde, nomeadamente, na capacidade esgotada da Autoridade de Saúde local no que diz respeito ao estudo epidemiológico das cadeias de transmissão e na situação de rutura vivida no CHTV. Apesar de estar em funcionamento um Hospital de Campanha, o CHTV continua com uma pressão crescente de casos”, frisa a comissão..

A decisão unânime da CMPC, que contou com presença dos “diferentes elementos que a constituem, tendo como convidados todos os representantes dos 5 agrupamentos de Escolas, 3 Escolas Secundárias e todas as Escolas Profissionais e Privadas, fundamenta-se em dois pontos fulcrais os dados à data da Autoridade de Saúde e Estabelecimentos de Ensino, que estimam aproximadamente 2.500 alunos em isolamento, 150 infetados – correspondentes a cerca de 100 turmas/salas em confinamento preventivo, dezenas de professores e auxiliares, aos quais se juntam outros casos de contágio nas famílias – implicam um funcionamento “anormal” das Escolas. Muitos estabelecimentos só estão a funcionar aparentemente, com alunos em regime presencial, outros à distância, professores e auxiliares infetados”.

Lembrando que “todos – alunos, professores e auxiliares – são potenciais agentes portadores de, e, para as escolas e famílias. Acresce que os 18.000 alunos do concelho representam um movimento pendular diário de cerca de 30.000 pessoas, num concelho com cerca de 100.000 habitantes, e muitos entre concelhos com transmissão ativa muito grave”.