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Comissão Política PSD de Coimbra considera “profundamente errada” decisão da coordenação autárquica nacional de rejeitar Nuno Freitas

Carlos Lopes, presidente da comissão política concelhia de Coimbra do PSD

A Comissão Política Concelhia do PSD de Coimbra considera “profundamente errada” a decisão da coordenação autárquica nacional de rejeitar Nuno Freitas, como candidato à Câmara.

“O coordenador autárquico nacional, José Silvano, informou que o nome escolhido pelos órgãos locais do PSD de Coimbra para encabeçar a candidatura do partido às próximas eleições autárquicas no concelho, o militante, médico e empresário Nuno Freitas, não será homologado pela Comissão Política Nacional do PSD”, adianta hoje a concelhia em comunicado enviado esta tarde à CentroTV.

Decisão que a Comissão Política “entende ser profundamente errada e desrespeitadora dos Estatutos, das decisões e vontade dos órgãos locais, e mais importante, de todos os que na sociedade civil de Coimbra vinham ajudando a construir uma alternativa credível ao PS”.

Acrescentando que “faz precisamente hoje um ano que os militantes do PSD Coimbra aprovaram, por unanimidade, o Documento Estratégico Autárquico, que definia o perfil e a estratégia para as eleições autárquicas e que culminou com o convite feito pela Concelhia do PSD ao Dr. Nuno Freitas e por este aceite no passado dia 4 de julho, dia da Cidade de Coimbra”.

Perante os factos, a Comissão Política Concelhia, vem “publicamente pedir desculpa a todos que desinteressadamente se dispuseram a apoiar, com o seu prestígio e saber pessoal, a candidatura de Nuno Freitas”.

“Ao Dr. Nuno Freitas o nosso agradecimento pelo empenho e entusiasmo para liderar um projeto político alternativo, que muitos acreditam como imperioso para o futuro do Concelho e Região em que estamos inseridos”, sublinham.

A expressão do “nosso desacordo, não implica que não possamos continuar a honrar os compromissos que assumimos com todos os que em nós confiaram, continuando a defender uma candidatura que honre o muito que tem vindo a ser feito pelos autarcas social-democratas, na Assembleia Municipal, nas Juntas de Freguesia, nas Assembleias de Freguesia e nos núcleos locais de militantes, continuando a lutar contra os atropelos e constrangimentos com que a maioria socialista nos tem confrontado”.

Adiantando ainda que “após esta decisão unilateral e prepotente, que em nada ajuda a criar condições de mobilização e mina a confiança que é absolutamente necessária para se puder preparar um combate político difícil, o PSD de Coimbra continuará unido e tudo fará para criar as condições necessárias e ser a única e verdadeira alternativa ao Partido Socialista e às políticas que têm desvalorizado, ano após ano, Coimbra e a sua região”.

Segundo a concelhia laranja esta decisão “vinha sendo pré-anunciada, nas diversas entrevistas e declarações que repetidamente alguns “zandingas” iam dando à estampa, pelo que não foi uma completa surpresa. Militantes como o deputado António Maló de Abreu, tentaram por diversas vezes e, até publicamente, ao longo dos últimos meses, criar a desunião e a intriga junto das bases do PSD local, numa tentativa clara de oportunismo político e tentando ultrapassar as competências estatutárias do PSD, o que repudiamos totalmente”.

Pretendem agora agendar uma Assembleia Concelhia para “ouvir, debater e apoiar esta nova estratégia autárquica do PSD, para a qual precisamos do envolvimento direto de todos”.

“Porque não vamos parar, contamos com todos neste desafio único de eleger uma Câmara de Coimbra social-democrata, humanista e reformista”, referem.

“Sem guerrilhas internas, vamos demonstrar que somos credores da confiança dos nossos concidadãos, colocando Coimbra em primeiro lugar”, conclui a concelhia do PSD.