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Concelho de Cantanhede regista redução na tendência de crescimento de ninhos de vespa velutina

A Proteção Civil do Município de Cantanhede detetou e eliminou 516 ninhos de vespa asiática (vespa Velutina Nigrithorax) em 2021, mais 80 do que no ano anterior.

“Este resultado decorre da intensificação das ações no combate a uma praga que se disseminou por todas as freguesias do concelho desde que o primeiro caso foi detetado no concelho, em setembro de 2015, na freguesia de Murtede, tendo-se verificado uma tendência de crescimento que chegou a ser superior a 100% até 2019”, refere a autarquia em comunicado.

A partir de 2020, houve “uma clara inversão dessa tendência, com o aumento de novas deteções a quedar-se nos 15 por cento em relação ao ano anterior e na autarquia cantanhedense acredita-se que isso se deve em grande medida à estratégia adotada para erradicação da vespa Velutina”, frisa.

Esta estratégia tem “assentado no reforço da capacidade técnica e operacional das equipas criadas para eliminação dos ninhos, bem como na instalação de armadilhas de captura e monitorização da sua eficácia, bem como, a montante dessas ações, nas campanhas de informação e sensibilização da população, mobilizando os munícipes a acionarem a atuação da brigada de destruição de ninhos logo que sejam detetados”.

Outra medida que se tem revelado “bastante eficaz tem sido a instalação de armadilhas, processo que, no período de 15 de março a 30 de junho de 2021, reverteu na captura de mais de 2.500 vespas velutinas fundadoras nas 52 já instaladas. A este propósito, é de salientar que o Serviço Municipal de Proteção Civil tem vindo a desenvolver um estudo para avaliar o quanto tais dispositivos impedem o aparecimento de novos ninhos, sendo que, até esta altura, os resultados apontam para a existência de inegáveis vantagens”.

Da análise preliminar efetuada, verifica-se que a “captura das vespas fundadoras por essa via permitiu uma significativa redução da tendência de crescimento exponencial da disseminação da praga, constatando-se que nas zonas onde foram instaladas as armadilhas houve um aumento de apenas 25 ninhos em relação ao ano anterior”, realça ainda a Câmara.

O Município de Cantanhede, com a colaboração das Juntas de Freguesia, disponibilizou cerca de 600 armadilhas aos apicultores do concelho, no sentido de “ajudar os produtores de mel a eliminarem uma praga que tem um impacto devastador na sua atividade”.

Por outro lado, além do “aprofundamento do estudo para medir o impacto da colocação de armadilhas para captura das vespas fundadoras na redução de novos ninhos, a autarquia pretende intensificar ainda mais as operações de eliminação dos focos de vespa Velutina, por forma a mitigar os efeitos negativos que a praga original na fase de predação dos apiários e na biodiversidade”.