Com boa e serena participação, na tarde agradável de Domingo, 24 de Setembro – o “Dia Mundial dos Rios” segundo a ONU – decorreu a anunciada “Concentração Simbólica”, em cima da parede da Barragem da Aguieira (concelho de Penacova), promovida pelo MUNDA, Movimento em Defesa do Rio Mondego; pela AZU – Associação Ambiente em Zonas Uraníferas; pelo Núcleo de Viseu da Olho Vivo; pela Associação para a Defesa do Património, Ambiente e Direitos Humanos; pelo núcleo de Viseu da Quercus; pela ASE – Associação Cultural Amigos da Serra da Estrela, adianta a organização.
Esta “Concentração” pretendeu “alertar para a situação em que está a ser degradada a Bacia Hidrográfica do Rio Mondego no contexto das Alterações Climáticas e das Secas sucessivas”.
Foi uma iniciativa que, “desde logo, naquele local ‘nevrálgico’ – a Barragem da Aguieira – e mesmo sem se ter interrompido o trânsito, permitiu sensibilizar muita Gente que por ali passou nas suas viaturas, para a problemática dos Rios e do Rio Mondego e Afluentes em particular”.
Esta “Concentração” teve como principais objectivos “apelar para os Órgãos de Soberania e para a Opinião Pública no sentido de se encarar, com eficácia, a questão estratégica da defesa e promoção dos nossos Rios e da Bacia Hidrográfica do Rio Mondego em especial, no contexto das Alterações Climáticas”, frisa ainda a organização.
“Consideramos que a Água disponível se deve manter no domínio público, com gestão regulada por Entidades Públicas, e não deve ser transformada numa mercadoria sujeita a negócios para obter lucros”, sublinha.
É ainda “estratégico aplicar soluções sustentáveis – tendo em conta a Região e as características de cada Bacia Hidrográfica – para despoluir, segurar, gerir e aproveitar as Águas dos Rios e evitar que estas corram ‘tranquilamente’ para o mar, enquanto se sucedem as Secas e a falta de Água (doce e potável)”.
É neste contexto que o MUNDA vai promover, no sábado, 28 de Outubro próximo, em Penacova, ( início às 14h30), com o apoio da Câmara de Penacova, um “Encontro/Debate” com o objectivo de “potenciar convergências e posicionamentos capazes de ajudar a resolver, no interesse das Populações, os graves problemas da Bacia Hidrográfica do Rio Mondego”, conclui.