A quinta edição do Concerto Coimbra Solidária vai realizar-se a 11 de março, sexta-feira, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) e conta com a atuação de António Ataíde e os Impuros.
A receita líquida vai reverter para um dos projetos da Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP) de Miranda do Corvo, a construção do primeiro Tempo Ecuménico do País.
“Portugal é dos países mais impuros e dos mais tolerantes”, afirma António Ataíde, do grupo António Ataíde e os Impuros.
A impureza, aqui, surge como um símbolo de “intolerância e de aceitação dos outros” e esta foi uma das razões para a criação do grupo ao qual dá nome. O Templo Ecuménico, projeto desenvolvido pela ADFP é, para o artista, “a mesma coisa, numa área universal”.
Esta é “uma obra social relativamente diversificada”, explica Jaime Ramos, presidente da fundação.
O templo pretende ser “um monumento à tolerância, um edifício onde haja referência a todas as religiões”, adianta o responsável.
O projeto, cuja construção foi simbolicamente iniciada a 11 de setembro de 2015, data dos atentados em Nova Iorque, Estados Unidos da América, acabou por “apaixonar pela sua intenção” António Ataíde e os Impuros que o “escolheram” para ser o alvo das receitas desta edição do Concerto Coimbra Solidária.
O Concerto Coimbra Solidária é promovido pela Universidade de Coimbra (UC) desde 2012 e está integrado na programação da 18ª Semana Cultural, com o tema O Livro | No Princípio era o Conhecimento.
De acordo com a vice-reitora da UC, Clara Almeida Santos, a ligação é simples: “as três religiões abraâmicas têm como base o livro”. António Ataíde e os Impuros é um grupo que funde vários géneros musicais, partindo da guitarra de Coimbra.
“Vai ser uma agradável surpresa para quem nos vai ouvir”, garante António Ataíde. Durante o concerto, juntam-se ao grupo, entre outros, os Antigos Orfeonistas da UC que, nas palavras de Vítor Brito, também presente na conferência de apresentação, estão “sempre prontos a colaborar em concertos que contribuam para ajudar outros”.
O bilhete tem um preço único de dez euros.