O vice-presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, Francisco Veiga, apresentou na Reunião de Câmara de hoje, dia 30 de outubro, o relatório de execução da megaoperação que envolveu a realização dos quatro concertos protagonizados pelos Coldplay, em maio, no Estádio Cidade de Coimbra.
“O documento dá conta de um investimento superior a 500 mil euros, assegurado pela promotora Everything is New, no Estádio Cidade de Coimbra”, refere em nota a autarquia.
O documento, apresentado por Francisco Veiga destaca, “entre outros aspetos positivos, que o megaevento permitiu, sem custos para o Município, a reabilitação de algumas áreas do Estádio. A promotora, para dotar o equipamento municipal de condições para acolher o evento, realizou obras no valor total de 545.260,98 euros”.
Segundo o município os quatro concertos dos Coldplay, que tiveram lugar nos dias 17, 18, 20 e 21 de maio, no Estádio Cidade de Coimbra, resultaram de uma coorganização entre o Município de Coimbra e a promotora de produção de eventos Everything is New. O evento foi coordenado pelo Gabinete de Grandes Eventos, unidade orgânica que atua na dependência da Divisão de Turismo, e “exigiu a colaboração e a participação de vários serviços da autarquia, incluindo os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC)”.
O estudo apresentado “permite concluir que os concertos que juntaram 211 mil pessoas em Coimbra geraram um retorno económico de 36 milhões de euros, tal como já tinha sido revelado em junho. A hotelaria e a restauração dispararam a faturação, sendo incalculável o retorno intangível em termos de notoriedade e projeção associada ao evento. Em média, cada pessoa gastou 180 euros”.
“O documento demonstra que o Município de Coimbra investiu 468.490,92 euros. O montante apurado resulta do apoio financeiro pago à promotora, no valor de 440 mil euros, ao qual se soma 28.490,92 euros, que representam o valor aplicado na reparação dos danos causados no relvado. Os SMTUC, cuja colaboração foi essencial, investiram 97.418,58 euros e obtiveram um total de rendimentos de 106.468,00 euros, provenientes da venda de bilhetes/pulseiras (26.617 no total). Os dados apurados comprovam que o evento não acarretou prejuízo para o Município, permitindo, em contrapartida, um retorno positivo de 9.049,42 euros”, sublinha ainda a edilidade.
O documento refere ainda uma “poupança na ordem dos 171.509,08 euros visto que que dos 200 mil euros destinados à eventual substituição de relvado, apenas foram utilizados 28.490,92 euros. Esta poupança tornou-se possível graças ao eficaz sistema de proteção utilizado pela promotora, a que se juntou o notável trabalho de uma empresa especializada e o exemplar profissionalismo dos colaboradores municipais”.
Relativamente à mobilidade, a megaoperação em torno da realização dos concertos envolveu 16 áreas de estacionamento com capacidade para 10 mil viaturas, o reforço das linhas de transportes urbanos, a criação de 4 circuitos dedicados ao transporte de pessoas para a zona dos concertos, com serviço entre as 11h00 e as 01h3, e, ainda, dois comboios especiais com ligação a Lisboa e a Braga.
“Foram, ao nível da mobilidade suave, contabilizadas 14.283 viagens de trotinete, num total de 24.838 km percorridos. Já o dispositivo de segurança englobou 4.000 operacionais da Proteção Civil, dos Bombeiros, da Polícia de Segurança Pública, da Cruz Vermelha Portuguesa e de segurança privada”, realça a Câmara.
Para garantir a higienização dos recinto e zona envolvente ao Estádio, foram destacadas 13 viaturas e 958 meios de recolha de resíduos, tendo sido criada uma rede de contentorização de resíduos no interior e no exterior do Estádio.
O relatório conclui referindo que os espetáculos “obtiveram as melhores críticas, com uma avaliação muito positiva no que à organização e à segurança diz respeito, tanto a nível local, como nacional e internacional, tendo sido uma operação bem-sucedida, que superou as melhoras expectativas”.