A infraestruturas de Portugal (IP) concluiu um conjunto de trabalhos de beneficiação da Estação da Lousã, nomeadamente a conservação e restauro do património em azulejo que reveste as fachadas do edifício.
“A idade avançada do edifício (com mais de 100 anos) e as diversas patologias que se identificaram ao nível do revestimento azulejar, conduziram ao desenvolvimento desta ação, tendo como objetivo de preservar o património, evitando assim, uma maior degradação e desgaste dos elementos que o compõem”, refere a IP.
A intervenção foi dividida em duas fases. A primeira, com recurso a mão-de-obra interna, onde foram realizadas limpezas, estabilizações e consolidações dos azulejos. A segunda fase ficou dedicada aos trabalhos de conservação e restauro, nomeadamente, remoção de azulejos em destacamento, limpeza de face nobre e tardoz, colagens, consolidações, tratamento do suporte, preenchimentos, consolidações, reintegrações cromáticas, dessalinização e assentamento.
“Tendo por base uma estratégia articulada com a IPP, a ação inscreve-se no plano de salvaguarda e valorização do vasto património azulejar a cargo da Infraestruturas de Portugal, que tem vindo as desenvolver ações desta natureza, um pouco por todo o país, estando ainda previstas intervenções no ano de 2020 nas estações de Faro, Olhão e São Mamede de Infesta”, adianta ainda a IP
No edifício inaugurado a 16 de dezembro de 1906, estão presentes oito painéis de azulejos figurativos e toponímia, da Companhia das Fábricas Cerâmica Lusitânia, os quais retratam espaços, figuras, monumentos e tradições, perpetuando as memórias das realidades regionais às quais as populações atribuem grande valor historio e simbólico.