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Constituída oficialmente Associação das Vítimas do Maior Incêndio em Portugal

A Associação das Vítimas do Maior Incêndio em Portugal (AVMIP) foi ontem oficialmente constituída na Conservatória em Oliveira do Hospital.

A associação junta várias dezenas de pessoas do concelho de Oliveira do Hospital e da região que foram afetadas pelo fogo

A primeira acção da AVMIP passou por solicitou uma audiência ao Presidente da República com a finalidade de entregar “um caderno reivindicativo para as medidas» que «melhor se aplicam neste momento”, adiantou Luís Lagos, presidente da associação.

Prometeu que vão “exigir uma nova responsabilidade do poder político central”. “Que nos deem respostas, que criem oportunidades para as pessoas que vivem aqui, porque nós não somos portugueses de segunda”, frisou.

“Estes incêndios mataram dezenas de concidadãos, destruíram mais de mil casas de primeira habitação, afetaram largas centenas de postos de trabalho nos vários setores de atividade, destruindo ainda centenas de hectares de olivais, vinhas, culturas agrícolas e dezenas de milhares de animais em explorações pecuárias”, sublinhou.

Segundo o dirigente, a classe política deve agarrar na sua consciência coletiva e perceber que o interior precisa de investimento, de discriminação fiscal positiva, de vias de acesso e que não lhe encerram escolas, centros de saúde e tribunais.

“Porque senão o Estado só está a exercer a soberania numa parte do território”, disse Luís Lagos, considerando que, se nada for feito, o interior vai ser o “deserto português”.