Na última reunião do executivo municipal, realizada a 11 de abril, foi aprovada, por unanimidade, a minuta de contrato de arrendamento rural com mais 140 proprietários de 162 parcelas de terreno, correspondentes a cerca de 70 hectares de terreno, localizados junto à aldeia do Trinhão.
Em causa está o desenrolar da primeira da fase da Operacionalização Integrada de Gestão da Paisagem (OIGP) da AIGP da Travessa, que prevê a reconversão da paisagem através da instalação de vinha, numa área superior a 80 hectares, composta por múltiplas parcelas, pertencentes a múltiplos proprietários.
Segundo explicou o presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, este primeiro passo de emparcelamento, é “importante e decisivo”, porque permitirá a candidatura ao PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, para tentar aceder a fundos comunitários para a plantação efetiva de vinha.
Recorde-se que a AIGP da Travessa corresponde a uma área de cerca de 4 mil hectares, sendo que este emparcelamento, para cerca de 80 hectares, corresponde apenas à primeira fase da operacionalização. “Só podemos avançar se tivermos financiamento e só conseguimos financiamento se tivermos os terrenos na Câmara Municipal”, disse Jorge Custódio, deixando ainda uma palavra de “carinho” e “atenção” a todas os proprietários que “acreditaram no projeto e se envolveram”. “Todas entenderam que mais importante do que o valor que iam receber do arrendamento, é o exemplo que podem dar ao concelho e ao país, de neste interior conseguirem fazer um projeto diferente”, acrescentou.
O presidente da Câmara Municipal explicou de igual modo que todos os proprietários assinaram os contratos de arrendamento, tendo também assinado uma declaração de compromisso para “vender os terrenos à Câmara Municipal”, que continua empenhada em funcionar como “motor de arranque” de um projeto “geracional”, que poderá ter um impacto profundo na valorização e revitalização territorial.