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Coordenador regional de combate ao Covid-19 na região Centro terá metido cunha para adjudicação direta

Esta terça-feira, o Correio da Manhã avança que o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, que é também atualmente o coordenadoro o coordenador regional de combate ao novo coronavírus na região Centro do país, terá pedido ao presidente da Câmara de Viseu para “potenciar” a empresa de um alegado ex-sócio, contratualizando com esta a realização dos testes de diagnóstico ao Covid-19 naquela região.

O jornal cita um email do autarca de Viseu, Almeida Henriques, onde se lê: “Nos últimos dias temos vindo a ser abordados pelo Dr. João Paulo Rebelo […] quanto à possibilidade de fazermos uma parceria com custos repartidos entre Estado Central e as Autarquias para fazer testes nas nossas IPSS. […] Trata-se de potenciar o laboratório do Dr. João Cotta – ALS, a fazer análises em 6 horas para o Hospital S. Teotónio”.

Mais à frente, na mesma mensagem, Almeida Henriques revela: “Trata-se de potenciar o laboratório do Dr. João Cotta ALS, a fazer análises em seis horas para o Hospital de S. Teotónio e quem tem possibilidade de incrementar para 300 testes dia e num futuro próximo 1000, algo que será importante para nós”

Questionado pelo “CM”, Almeida Henriques disse desconhecer qualquer relação entre o referido laboratório e o governante. “Nos processos de concursos preocupo-me com os do município. Também não tenho de conhecer as relações interpessoais”, disse.

Ainda de acordo com o jornal, haveria pelo menos mais duas empresas com capacidade para realizar este trabalho, mas a contratação terá acabado por acontecer por ajuste direto com o laboratório de João Fernando Cotta, um ex-sócio de João Paulo Rebelo durante quase dois anos na empresa Legenda Transparente, quando Cotta era vice-presidente da Assembleia Municipal de Viseu.

Esta empresa terá tido negócios por ajuste direto com o Instituto Politécnico de Viseu. Questionado pelo jornal, o secretário de Estado terá afirmado que foi tudo “tratado pelas Câmaras”, mas não respondeu à pergunta sobre o envolvimento do alegado sócio.