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COVID-19. Autarcas da CIM Viseu Dão Lafões pedem suspensão das aulas

Os presidente das 14 Câmaras Municipais que fazem parte da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões pedem suspensão das aulas presenciais.

“Os autarcas da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões reunidos ontem, em sede de Conselho Intermunicipal,  realizaram uma análise, profunda, sobre o preocupante momento que se vive, onde, nos últimos dias, se verifica um crescimento gravíssimo de casos COVID-19, com particular incidência nas ERPI, além de diferentes surtos espalhados pela comunidade, sendo que 13 dos seus 14 municípios associados estão classificados no risco extremamente ou muito elevado”, adiantam hoje em comunicado enviado à CentroTV.

Lembrando, também, que o Centro Hospitalar Tondela Viseu atingiu o seu limite, tendo sido já ativado o Hospital de Campanha, localizado na cidade de Viseu.

“Nesta análise, não deixam os autarcas de reconhecer o enorme esforço e abnegação de todos os profissionais de socorro e de saúde, que desenvolvem o seu trabalho em condições muito difíceis, e com falta de recursos”, sublinham

Desta forma entenderam os autarcas “remeter uma comunicação ao Senhor Primeiro Ministro, no sentido, de solicitar, uma reanálise sobre o modelo de funcionamento das escolas, em particular sobre a possibilidade de ocorrer o ensino à distância para alunos do terceiro ciclo, do ensino secundário e superior, enquanto os rácios de crescimento da pandemia tiverem estes indicadores”.

O Conselho Intermunicipaln quer que a “permanência do funcionamento das escolas no modelo presencial, em nada contribui, para atenuar a mobilidade permanente de pais, professores, alunos e outros profissionais, não concorrendo para o espírito de confinamento, sendo que, ainda acresce, que muitas destas deslocações são realizadas para fora dos seus concelhos de residência”.

Adiantando que “por outro lado, também se constata que as diferentes equipas de Saúde Pública estão exaustas, e não têm recursos humanos para poderem acompanhar, com a celeridade que se impõe, o número crescente de casos. O rastreio epidemiológico é crucial para se estancarem as cadeias de contágio, razão pela qual, os autarcas desta CIM, solicitam, ao Governo da República, um reforço imediato destas equipas”.

No seu entender, é “imperioso que as forças de segurança tenham um conhecimento atempado das situações em confinamento para melhor auxiliarem nessa missão. No quadro atual, com vários dias de desfasamento, não se conseguem os objetivos pretendidos e que se impõem”.